O desporto é um laboratório privilegiado para a indústria automóvel e é na competição que costumam surgir as grandes inovações tecnológicas. A iluminação laser é apenas um exemplo....
No Mundial de Ralis a evolução foi grande e ajudou a fazer dia durante a noite numa altura em que as grandes provas se disputavam no escuro e acabavam fora de horas.
Nessa época, a potência dos faróis dependia da das lâmpadas, que consumiam muita energia, mas tudo melhorou com as lâmpadas de halogéneo. Depois surgiram os faróis de xénon, que começaram a ser utilizadas em provas de protótipos, especialmente em corridas como as 24 Horas de Le Mans.
A potência da iluminação é aumentada pela passagem de corrente eléctrica por um ambiente ionizado de xénon a alta pressão. O tempo foi passando e se os faróis de xénon e os bi-xénon, a sua evolução natural, ainda são opcionais pagos à parte na maiorias dos automóveis de estrada, os LED’s passaram a ser uma nova alternativa.
Qualquer destas tecnologias, mais ou menos conhecida, é utilizada em mais veículos do que se pensa, mas ainda é vista como uma proposta vanguardista.
Mesmo assim, de acordo com o calendário da modernidade, os diodos difusores de luz – os tais LED’s - também já estão a ser ultrapassados.
O futuro passa pela iluminação laser. Os diodos de um laser são muito mais pequenos do que os dos LED’s, e emitem o dobro da gama de luz e o triplo da luminosidade com menos energia.
É uma solução que parece saída da ficção científica. A luz não é utilizada de forma directa. Um conjunto de prismas capta a luz emitida por diodos, foca-a num ponto e uma reacção com fósforo permite mudar-lhe a cor azul para um branco brilhante.
Com o laser é possível iluminar a estrada até 500 metros à frente, sem grandes riscos de encandeamento. Por isso foi adoptada pelos protótipos que a Audi utilizou e utiliza nas 24 Horas de Le Mans. Mas esta tecnologia já está disponível nos automóveis de estrada....