O Campeonato do Mundo de Ralis (WRC) muda de regras em 2017 e os carros vão ser muito diferentes. Os últimos meses têm sido intensos para os engenheiros e para as equipas que têm realizado os testes de estrada.
Tudo parece estar pronto e no
Salão Automóvel de Paris alguns dos principais protagonistas apresentaram os modelos que vão surgir à partida do Rali de Monte Carlo, a primeira prova do Campeonato de 2017.
Toyota Yaris WRC
TOYOTA. A marca japonesa está de volta a uma disciplina onde tem tradições e somou sucessos, e em Paris anunciou a sua parceria com a Microsoft com vista ao próximo Mundial. A empresa americana, que recentemente adquiriu a Nokia, será o patrocinador principal dos Yaris WRC da equipa Gazoo Racing, gerida por Tommi Makkinen e, ao mesmo tempo irá desenvolver o sistema informático a ser utilizado.
O Yaris WRC tem uma imagem radical, marcada pela enorme asa traseira e cavas de rodas dilatadas, permitidas pela alteração do regulamento técnico do campeonato. A Toyota mostrou a nova arma para o Mundial de 2017, mas manteve o silêncio sobre o nome dos pilotos, apesar de Juho Hanninen e Esapekka Lappi estarem na primeira linha das escolhas de Tomi Makkinnen.
Hyundai i20 WRC
HYUNDAI. A marca sul-coreana também mostrou o i20 WRC realizado com base no modelo de três portas. O carro não é uma grande novidade, pois desde Abril tem corrido a Europa nas mais variadas sessões de testes.
A profunda alteração dos regulamentos permitiu à equipa liderada por Michele Nandan partir de uma folha em branco
"e isso foi um grande desafio para os nossos engenheiros", como admitiu o responsável da Hyundai Motorsport., que reconheceu que
"nos primeiros testes estivemos concentrados no motor e na transmissão e mais recentemente na suspensão, no diferencial e na aerodinâmica, mas ainda há pequenas evoluções a fazer ao nível do chassis".
Citroën C3 WRC
CITROËN. A marca francesa já realizou várias sessões de testes ao longo dos últimos meses e mostrou no Salão de Paris o
C3 WRC "sem revelar todos os segredos da versão final", como admitiram os responsáveis da equipa francesa, ao mesmo tempo que admitiam que
"em termos de imagem não haverá alterações importantes".
O segredo é a alma do negócio, e com a alteração de regulamentos os detalhes são fundamentais num trabalho que incidiu
"na definição da largura, de acordo com o regulamento, mas também nos elementos aerodinâmicos".
Em face disto, todos os participantes no Campeonato do Mundo de Ralis de 2017 continuam a trabalhar em ritmo contra-relógio porque até ao dia 1 de Novembro ainda há tempo para introduzir alterações antes dos veículos serem apresentados para homologação pela Federação Internacional do Automóvel (FIA).