As 24 Horas de Le Mans de 1955 entraram para a história pela pior das razões: um dos mais trágicos acidentes do desporto automóvel. Perderam a vida 82 pessoas e 94 ficaram feridas.
A tragédia teve lugar ao fim de três horas de prova. Eram 18h 26m e Mike Hawthorn (Jaguar) estava em luta com Juan-Manuel Fangio (Mercedes), que tinha alguns segundos de vantagem, ultrapassou o Austin Healey de Lance Macklin à entrada da recta da meta, antes de se dirigir às boxes para reabastecer. Para evitar o Jaguar, Lance Macklin desviou-se para a esquerda sem se aperceber da presença dos Mercedes de Lavegh (6º) e de Fangio.
Impotente para evitar o acidente, Pierre Lavegh levantou o braço alertando Fangio que logrou escapar, mas não conseguiu evitar o violento embate com o Austin Healey. O seu carro foi projectado pelo ar em chamas, explodiu e os destroços foram projectados para a bancada cheia de público. Foi um drama.
A partir daí a história desportiva deixou de ter interesse, mas importa referir que a Mercedes tardou a reagir. A ordem para retirar da corrida os carros que ocupavam os três primeiros lugares deveria ter sido mais rápida.
Os Ferrari tinham ficado pelo caminho e a vitória acabou por cair nas mãos de Mike Hawthorn/Ivor Bueb (Jaguar), que cortaram a meta à frente de Peter Collins/Paul Frére (Aston Martin) e Johnny Claes/Jacques Swaters (Jaguar).
HOJE HÁ 61 ANOS: Drama em Le Mans