A Mercedes aproveitou o balanço da chegada ao mercado do
novo Audi A8 para renovar o Classe S. Ao fim de dois anos de vida, o "navio almirante" da marca de Estugarda avançou com alterações mais importantes ao nível da tecnologia do que na forma. O exterior pouco mudou, mas o conteúdo faz a diferença...
DESIGN. A operação estética, obrigatória na "meia-idade" de um automóvel, foi discreta. A Classe S nasceu elegante e a sua imagem resistiu ao tempo. Os grupos ópticos, pára-choques e um ou outro detalhe da carroçaria são diferentes. Mas, à primeira vista, ninguém vai perceber as diferenças. Mas vamos ao detalhe....
Os grupos ópticos anteriores, com a tecnologia "MULTIBEAM LED", são mais compactos e, ao mesmo tempo, permitem uma resposta ultra-rápida às condições de circulação. Os faróis "ULTRA RANGE" conseguem maximizar a potência luminosa, e ao mesmo tempo evitar o encandeamento de outros utentes da estrada que é capaz de identificar.
HABITÁCULO. No interior a situação é mais ou menos semelhante. Não há alterações de maior num modelo onde a qualidade, requinte e conforto já foram referidos com o mesmo destaque que os aplausos ao espaço, seja nas versões "normais", seja nas de chassis longo.
A maior diferença talvez seja o novo desenho do volante, que reúne um conjunto de comandos capaz de garantir uma utilização mais racional do "DISTRONIC", que regula todas as funcionalidades associadas ao "cuise control" activo, bem como à conectividade.
A proposta "ENERGIZING" (opcional) avança com diversas opções no campo da qualidade de vida a bordo com base na iluminação ambiente (64 cores), permitindo criar diversos ambientes. Propõe massagens nos bancos e potência a modulação do ar condicionado.
MOTORES. As maiores novidades na "nova Classe S" passam por uma mudança de paradigmas num mundo em mudança. A marca de Estugarda foi uma defensora dos motores V6, mas acaba por aderir à "arquitectura em linha", uma aposta tradicional da BMW. Filosofias à parte, os novos seis cilindros em linha são uma das maiores novidades da "nova Classe S". Têm vantagens em termos técnicos, porque são rentáveis em termos económicos: os diesel e os gasolina partilham o mesmo bloco, e a mesma linha de montagem também pode realizar um quatro cilindros.
O novo seis cilindros em linha com 3.0 litros de cilindrada tem opções diesel e a gasolina. No campo dos diesel alinham o S 350d de 286 cv com 600 Nm de binário e o S 400d com 340 cv e uns notáveis 700 Nm de binário.
No lado dos gasolina surgem duas propostas inovadoras: o S450 com 367 cv e o S500 de 435 cv. Este seis cilindros garante performances ao nível de um V8. O resultado passa por um sistema eléctrico que associa o alternador e o motor de arranque e garante um "boost" de 22 cv e 250 Nm de binário.
Está integrado entre o motor e a caixa automática 9G-Tronic e utiliza a corrente armazenada em baterias de iões de lítio, que também alimentam diversos sistemas (bomba de óleo, etc.). Integra ainda um compressor eléctrico, que assegura a dinâmica de condução nos regimes inferiores às 2.400 rpm, antes do tradicional turno entrar em funcionamento.
A Mercedes não esqueceu os V8 e o S560 conta com um 4.0 V8 biturbo a gasolina. Os 469 cv e uns incríveis 700 Nm de binário marcam o lado mais agressivo de um modelo que, em ritmo de passeio, é capaz de anular quatro dos oito cilindros, para reduzir consumos e emissões.
AO VOLANTE. A posição de condução, a ergonomia, a qualidade de vida a bordo e o conforto são irrepreensíveis, seja com a suspensão de série ou com a mais sofisticada (e inteligente) solução adaptativa.
O S350d de 286 cv (desde 116.500€), que não estava disponível na apresentação, talvez venha a ser a opção mais procurada no nosso país, mas a nossa curiosidade estava virada para os novos motores de seis cilindros em linha.
Ficámos impressionados com os 340 cv do S400 d (a partir de 120.750 €) e sobretudo com os seus 700 Nm de binário logo às 1.200 rpm - fazem a diferença e marcam a agilidade de um automóvel com cerca de duas toneladas, em que o desempenho da caixa automática 9G-TRONIC é uma mais-valia.
A partir deste patamar entramos numa realidade diferente. O 560 4MATIC e os seus 469 cv são um "tapete voador" à medida de quem não abdica de performances fora do comum num automóvel pensado para outros fins. Ao volante é fácil passar da condução à pilotagem, num modelo cuja velocidade máxima está (politicamente) limitada a 250 km/h, mas pode passar de 0 a 100 km/h em 4,7 segundos.
GAMA. Em Portugal, a proposta dos novos Serie S passa por duas opções de chassis (normal e "longo"), com versões de tracção traseira (depois do Verão) ou com tracção total permanente 4Matic, que está a chegar ao mercado. Os mais apressados podem optar pelas propostas da AMG, que começam nos 612 cv do S63, e os mais elitistas podem escolher uma das várias propostas da Maybach.
Modelo
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Cilindrada
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Potência
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Preço
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Classe S "curto"
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S350 d
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2.925 cc
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286 cv
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116.500 €
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S350 d 4MATIC
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2.925 cc
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286 cv
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121.500 €
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S400d
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2.925 cc
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340 cv
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120.750 €
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S400d 4 MATIC
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2.925 cc
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340 cv
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125.750 €
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S560 4 MATIC
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3.982 cc
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469 cv
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154.450 €
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Classe S "longo"
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S350 d
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2.925 cc
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286 cv
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120.100 €
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S350 d L 4MATIC L
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2.925 cc
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286 cv
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125.100 €
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S400 d L
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2.925 cc
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340 cv
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124.350 €
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S400 d L 4MATIC L
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3.982 cc
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469 cv
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129.350 €
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S560 4MATIC L
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3.982 cc
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469 cv
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158.050 €
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AMG
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AMG S63 4MATIC L
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3.982vv
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612 cv
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207.700 €
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MAYBACH
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S560 4MATIC
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3.982
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469 cv
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181.500 €
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