A terceira geração do Mercedes CLS está a chegar ao mercado nacional e já guiámos uma proposta que, mantendo o mesmo carácter, evoluiu na plataforma, no campo da forma e no conteúdo tecnológico.
Com 4,99 de comprimento, é cinco centímetros maior do que o anterior, mas também mais largo (1.890 mm); a distância entre-eixos (2.939 mm) também cresceu, garantindo mais espaço no interior.
As linhas são mais esguias, as arestas menos evidentes e o desenho dos grupos ópticos, com LED’s, sublinham um carácter dinâmico de um quatro portas, à medida da família, mas com uma imagem desportiva. A eficácia aerodinâmica também evoluiu sem condicionar a elegância da forma. O novo CLS acaba por ser diferente, apesar de manter as pontes com a nova linguagem gráfica que marca os últimos Mercedes que chegaram ao mercado.
O CLS deixou de ser um 2+2 e oferece três lugares no banco traseiro com as costas rebatíveis assimetricamente (40:20:20), o que permite dilatar a capacidade de uma bagageira que viu o seu volume aumentar para 520 litros.
MOTORES. Na fase lançamento vão estar disponíveis três opções todas com blocos de seis cilindros: os diesel CLS 350 d 4MATIC de 286 cv e 600 Nm, o CLS e o 400d 4MATIC de 340 cv e 700 Nm, para além do inovador CLS 450 4MATIC com 367 cv do motor a gasolina e mais 22 cv de um motor eléctrico, numa tecnologia híbrida que a Mercedes apelida de EQ Boost, que é o mais potente e também o mais barato (desde 98.900 €). Para além da tracção total permanente 4MATIC, todos contam com a caixa automática de nove velocidades.
A gama será dilatada com o CLS 350d de 286 cv e com o CLS 300d, com um bloco de quatro cilindros com 245 cv, ambos com tracção traseira. Os mais desportivos têm que esperar por Agosto para conhecer o novo CLS 53 AMG 4MATIC com o motor seis cilindros com 3.0 litros de cilindrada, que graças a um turbo tradional e o "boost" de um compressor eléctrico oferece 435 cv. Será capaz de passar de 0 a 100 km/h em 4,5 segundos.
CHASSIS. O CLS pode ter uma imagem dinâmica, mas começa por ser um familiar e o conforto é fundamental. Por isso a Mercedes adoptou uma arquitectura multibraços tanto no eixo dianteiro como no traseiro, propondo dois sistemas opcionais: o Dynamic Body Control (1.250 €) com vários modos e amortecedores que se ajustam continuamente; ou a suspensão pneumática Air Body Control, em que tudo é ajustável, podendo variar-se do "tapete voador" ao "duro" automóvel desportivo.
Nada disto faz sentido (sobretudo em Portugal) quando olhamos para um catálogo onde o preço do 350d começa nos 101.800 € e também há uma proposta híbrida – o 450 4MATIC – que alia um motor a gasolina de 3.0 litros de cilindrada que, ajudado por um motor eléctrico, garante 367 cv.
São mais 81 cv e o preço é 2.900 euros inferior. Pode parecer estranho, mas vivemos em Portugal... O peso do híbrido (5,0 kg) não é importante e esta proposta é mais potente e também é mais performante: o 450 4MATIC chega aos 100 km/h em 4,8 segundos e o 350d 4MATIC necessita de 5,7 segundos para fazer o mesmo. É certo que o motor diesel é menos guloso, apesar do gasolina ser apoiado pelo eléctrico, que apenas é uma mais-valia evidente no tráfego urbano. Mas, feitas as contas, é necessário fazer muitos, mas mesmo muitos, quilómetros com um diesel para amortizar o preço face ao híbrido...
Em qualquer dos casos, o "pisar" do chassis tem tudo a ver com aquilo a que a Mercedes nos habituou: a direcção é precisa, sem ser pesada; os travões são eficazes; o comportamento em curva merece aplausos, sem penalizar o conforto de um automóvel que também é um familiar.
PREÇOS
CLS 350d 4MATIC – desde 101.800 €
CLS 400d 4MATIC – desde 105.700 €
CLS 450 4MATIC – desde 98.900 €
Ficha técnica
Modelo |
Potência |
Binário |
Consumo (*) |
350d 4MATIC |
286 cv |
600 Nm/1.200-3.200 rpm |
5,0 l /100 m |
400d 4MATIC |
349 cv |
700 Nm/1.200-3 200 rpm |
5,6 l/100 km |
450 4MATIC |
367 cv |
500 Nm/1.600-4.000 rpm |
7,5 l/100 Km |
(*) Valores anunciados pelo construtor