Já guiámos o novo Opel Insignia Grand Sport que chega em Julho

FRANKFURT. "Aquela Máquina" está na Alemanha para conhecer o novo Insignia, que a Opel apresentou no último Salão Automóvel de Genebra.

A marca de Russelsheim apenas nos mostrou o Grand Sport de cinco portas, que já está disponível no nosso país por encomenda (desde 28.680 e 30.980 € para as versões a gasolina e diesel), mas em Julho, quando o Insignia chegar a Portugal, terá a companhia da carrinha Sports Tourer (a partir de 30.030 € e 41.330 €).

DESIGN. Uma imagem mais esguia, com menos 3 cm de altura, permitiu melhorar a eficácia aerodinâmica e vincar o dinamismo de uma carroçaria mais volumosa. O Grand Sport cresceu 5,5 cm no comprimento (4,9 m), o que permitiu dilatar a distância entre-eixos em 9,2 cm e garantir mais espaço no interior, apesar da diferença na largura (7 mm) ser imperceptível.

Este modelo foi realizado com base na plataforma E2 da General Motors e permitiu uma redução apreciável de peso, apesar da maior volumetria. A Opel reivindica um ganho de 59 kg só na carroçaria.

O novo Insignia mantém o esquema das suspensões McPherson à frente e multibraços atrás, com a possibilidade do chassis adaptativo FlexRide ser modulado em Standard, Sport e Tour, variando a firmeza das suspensões e a resposta do motor, da direcção e do ESP.

HABITÁCULO. No interior destaca-se o desenho do tablier, mais moderno e funcional, com um visual mais horizontal. Um grande ecrã táctil domina o centro de uma consola com poucos botões.

A redução de 3 cm em altura, que foi compensada com a colocação dos bancos numa posição mais baixa, não cria dificuldades aos ocupantes dos bancos da frente (embora a regulação dos cintos em altura seja uma lacuna), mas dá que pensar aos mais calmeirões que se sentem na traseira. Esses têm mais espaço ao nível do joelhos graças ao aumento da distância entre-eixos, embora a bagageira tenha perdido algum espaço, oferecendo um volume que vai dos 490 aos 1 450 litros com os bancos rebatidos. Não é mau mas há melhor...

MOTORES. A proposta de motores passa por dois blocos diesel e outros tantos a gasolina. No campo do gasóleo "alinham" o 1.6 com 110 e 136 cv e o 2.0 de 170 cv, e no lado dos gasolina surgem o novo 1.5 Turbo com 140 ou 165 cv e o 2.0 Turbo com 260 cv, equipado com uma nova caixa automática de oito velocidades e o sistema de tracção integral, também ele renovado e com vectorização de binário.



AO VOLANTE. Guiámos e gostámos do 1.5 Turbo de 165 cv (só estavam disponíveis as motorizações mais potentes) e temos alguma dificuldade em compreender a aversão dos portugueses à gasolina, quando o preço dos dois combustíveis está cada vez mais próximo. Este modelo é ágil e dinâmico e, se gasta um pouco mais do que o diesel equivalente, é necessário andar muitos quilómetros para amortizar a diferença de preço para o 2.0 diesel de 170 cv.

Admitimos que o 1.5 a gasolina tem mais genica com as rotações "lá em cima", mas o 2.0 diesel é mais solícito na resposta nos regimes intermédios. Isto é tão verdade para estes motores como para as versões menos potentes que serão certamente aquelas que serão mais procuradas no nosso país.

EQUIPAMENTO. A Opel está a posicionar o Grand Sport junto das marcas Premium e por isso o equipamento de série, ou opcional, é mais do que completo. O "cruise control" adaptativo, aviso de saída de faixa e sistema de manutenção na faixa, alerta de tráfego em aproximação por trás, câmara a 360º e "head-up display" (que projecta as informações no pára-brisas) estão disponíveis.

Depois, temos a conectividade, que passa pelo sistema IntelliLink que "associa" o Insignia ao smartphone, para já não falar no serviço OnStar, que cria um"hotspot" WiFi 4G a que se podem conectar até sete dispositivos, além de garantir serviços como chamada de emergência em situação de acidente, localização e bloqueio do carro, em caso de roubo, ou coisas mais triviais como um assistente que pode procurar e reservar o hotel ou o restaurante mais próximo do local onde se encontra.