O novo Mercedes SLC já está disponível no mercado nacional onde se afirma como uma grande proposta ao nível do seu segmento. Com 4,13 metros de comprimento é ligeiramente maior do que o Mazda MX-5 e o
Fiat 124 Spider, mas mais compacto do que o Audi TT ou o BMW Z4.
É o herdeiro do SLK, que surgiu no mercado em 2004 e sofreu um importante restyling em 2008. A nova geração assumiu a denominação SLC para dar uma maior coerência a todas as famílias de modelos da marca de Estugarda, mas não é exactamente um novo modelo, sendo mais correcto afirmar que foi uma evolução importante no campo da imagem, tecnologia e até mecânica.
O novo SLC pode ser visto como o roadster da Classe C da Mercedes, apesar das diferenças profundas face à berlina de três volumes e quatro portas, mas herdou dela as motorizações, que passam por quatro propostas a gasolina, mas apenas uma diesel.
No campo dos gasolina temos o 180 de 156 cv, com um preço interessante (desde 42 800 €); o 200 de 184 cv e o 300 de 245 cv, para além do AMG 43 de 270 cv. O 250d de 204 cv é a única proposta diesel e Portugal é o reino da "diselomania", mas quando olhamos para um preço desde os 53 900 €, importa fazer contas porque se o SLC 250 d tem mais 20 cv do que o SLC 200 a gasolina, custa mais 4 100 €…
SLC 250 d. A imagem do novo SLC está mais dinâmica, seja na versão base SLC 180 a gasolina (desde 42 800 €), seja no SLC 250 d (a partir de 53 900 €), a única proposta diesel actualmente disponível. Neste caso a imagem pode ser personalizada com o pacote de equipamento AMG (+3 950 €), que inclui jantes de 18 polegadas e suspensão desportiva. É uma forma de vincar o carácter de um modelo onde o motor 2.1 turbodiesel, garante 204 cv de potência.
A capota pode ser aberta ou fechada em andamento e aumenta a sua polivalência do SLC, apesar de roubar 110 litros ao volume da bagageira (335 litros), quando está recolhida no porta-bagagens. Para alem da capota metálica, com comando eléctrico, disponível de série, o cliente pode ainda optar por uma opção com um tejadilho panorâmico em vidro (+ 550 €) ou o sofisticado Magic Sky Control com um nível variável de transparência (+2 950 €) que responde à intensidade dos raios solares.
HABITÁCULO. A alteração da imagem da carroçaria tem uma correspondência natural no habitáculo onde a imagem das mais recentes propostas da marca alemã foi assumida der forma evidente, sem condicionar a identidade desportiva deste descapotável, bem patente em pequenos detalhes, como o volante ou comando da caixa automática, mas também nos revestimentos de desenho dos bancos, que garantem todo o apoio necessário a uma condução mais agressiva.
Para quem gosta de conduzir a céu aberto, o deflector traseiro, que evita o turbilhão do ar no interior (200 €) é quase obrigatório. Potencia o conforto e permite manter uma conversa, mesmo a velocidades mais elevadas.
AO VOLANTE. O SLC 250 tanto pode convidar ao passeio como desafiar o condutor para uma condução mais dinâmica, sobretudo em estradas mais sinuosas. O quatro cilindros de 2.1 litros é um bloco comprovado e garante a agilidade que se pode esperar num motor de 204 cv. É capaz de chegar aos 245 km/h e pode passar de 0 a 100 km/h em 6,6 segundos, o que equivale a dizer que não é um sprinter, mas graças ao desempenho da caixa automática 9G-Tronic é possível manter ritmos elevados, sobretudo no modo de condução mais dinâmico.
O condutor pode adaptar o desempenho do SLC 250 d ao seu estilo de condução em cada momento. Pode escolher modos calmos como o "Eco" ou o "Confort", ou ser agressivo nas opções "Sport" ou "Sport+", onde a função "Dynamic Cornering Assist" actua como um autoblocante, sublinhando o carácter desportivo, para além de alterar as leis de funcionamento da direcção, travões, acelerador e a rapidez das passagens de caixa.
O motor é elástico a baixo regime, permitindo reacelerações honestas, sobretudo à saída das curvas e a suspensão garante um excelente compromisso em termos de conforto, sem condicionar o comportamento em curva.
Sem grandes preocupações ao nível dos consumos, registámos uma média de 7,2 litros/100 km, um que é um excelente argumento para um roadster com estas características, sobretudo porque com alguma moderação no pé direito no acelerador, é possível reduzir este valor.
Ficha técnica
Motor 250d
Cilindrada 2 143 cc
Potência máxima 204/3 800 cv/rpm
Binário máximo 500/1 600-1 800 Nm/rpm
Velocidade máxima 245 km/h
0 a 100 km/h 6,6 s
Consumo médio 4,4 /100 km
Emissões de CO2 114 g/km
Preço desde 53 950 €
+ CONSUMO. Sem qualquer tipo de preocupações na condução registámos uma média de 7,2 l/100 km...
- EQUIPAMENTO. Os opcionais são muitos e apetecíveis, mas o preço dispara quando começamos a somar.
Mercedes SLC 250d