A BMW assumiu uma política que segue em contra-corrente face à euforia da mobilidade eléctrica assumida pela Volkswagen, Mercedes e até Jaguar, que apostam nesta via como uma opção premente num horizonte de 2018/2020.
A marca de Munique foi pioneira no campo da mobilidade eléctrica com modelos marcantes. O super-desportivo i8 surgiu e impressionou em 2013 e já tem um lugar na história, e o i3 é uma das maiores referências ao nível da mobilidade eléctrica, mas as leis do mercado não garantiram o volume de vendas que o marketing havia preconizado.
Atenta à realidade, a BMW reviu a sua estratégia e tudo indica que a marca bávara assumiu uma postura de observadora de um mercado que continua muito aquém das expectativas dos analistas. A mobilidade eléctrica ainda não assumiu credibilidade, nem sequer se afirmou como uma alternativa credível aos motores de combustão interna.
As cautelas da BMW são mais do que justificadas pela resistência do mercado, o que explica o "congelamento" da apresentação do anunciado i5. Pode dizer-se que, depois de ter assumido uma posição pioneira, a BMW recuou e apostou numa postura de expectativa face ao futuro.
A opção por soluções híbridas ajuda a dar tempo ao tempo, e a este nível os bávaros têm muitas soluções em modelos que vão da Serie 3 ao Serie 7 com novidades como o
530i ePerformance, que será apresentado no Salão de Detroit. Mas a BMW não está de braços cruzados e já anunciou o projecto iNext, que aponta para a electrificação de modelos já existentes no seu catálogo.