Há dois anos quando a Ford anunciou o seu novo GT a marca da oval azul caracterizou-o como
"um dos mais potentes da indústria automóvel". E de facto não erraram. Depois de uma longa espera, e de respostas muito vagas, as especificações técnicas foram finalmente reveladas. E impressionam. Do já conhecido bloco V6 biturbo de 3.5 litros vão "sair" 647 cavalos de potência e 745 Nm de binário máximo, "números" que ajudam a perceber outra das novidades que a Ford anunciou, a velocidade máxima, que está fixada nos 347 km/h.
Esta marca faz deste GT o carro de produção mais rápido que a Ford já construiu, pelo que a Ford quis ver de que forma a sua "máquina" se "portava" diante de duas referências do mercado, o McLaren 675LT e o Ferrari 458 Speciale. O teste contra os rivais europeus foi realizado no circuito de 4.9 Km do "Calabogie Motorsports Park" em Ontario, no Canadá e com o piloto Scott Maxwell ao volante o GT venceu com 2m 09.8s, deixando para trás o McLaren, com um tempo de 2m10,9s, e o Ferrari 458 Speciale, que ficou nos 2m12.9s. Todas as especificações de combustível, pneus e suspensão foram colocadas a um nível idêntico.
Ainda assim, convém recordar que o grande rival deste Ford GT é o Ferrari 488 GTB. E se tivermos em conta a potência, o supercarro da marca da oval azul perde para o adversário de Maranello (647 cv contra 670 cv). Porém, a velocidade máxima do GT é superior ao do Ferrari 488 GTB.
E nesta "luta" ao segundo para ver que é mais rápido, uma das maiores preocupações dos engenheiros da Ford foi o peso. E com um peso geral a rondar os 1400 Kg, o GT fica colocado entre o 488 GTB e o McLaren 675LT, sendo que o modelo de Woking é mais leve com um peso de 1 352 Kg. Ainda assim, o Ford GT garante um rácio peso/potência de 2,16 cv por cada kg, um número impressionante e que atesta bem das performances que este GT é capaz de alcançar.
Numa altura em que já existem sete modelos fabricados – dois no ano passado para a aprovação do regulamento da entrada em Le Mans (prova que este GT acabou por vencer na sua categoria) e mais cinco produzidos neste mês, o vice-presidente executivo e director técnico da Ford, Raj Nair, continua sem adiantar detalhes sobre o preço de mercado, ainda que os rumores apontem para um valor a rondar os 418 mil euros anteriormente falados. Certo, para já, é que a Ford mantém o objectivo de construir 250 exemplares por ano intacto, podendo chegar a um total de mil veículos.