A Maserati "revirou" os seus planos de produto e adiou o lançamento do muito aguardado novo modelo desportivo, antecipado pelo "concept" Alfieri. O apaixonante "coupé" chegou a ter lançamento marcado para o ano em curso, mas viu agora a sua comercialização adiada para o início da próxima década, entre 2020 e 2021.
A marca italiana pretende, antes de dar vida ao Alfieri, avançar com a nova geração do GranTurismo e GranCabrio que deverão ser lançados entre 2018 e 2019. A estratégia foi confirmada pelo responsável máximo da Maserati Europe, Giulio Pastore:
"Não vamos deixar cair o GranTurismo e o GranCabrio, pois a Maserati sempre foi famosa pelos fantásticos GT 2+2. Vamos substituí-los e depois, sim, o Alfieri", referiu à revista britânica "Autocar".
Maserati adiou desportivo Alfieri
Quando foi apresentado, no salão de Genebra de 2014, para comemorar o 100.º aniversário da marca do tridente, o Maserati Alfieri apareceu como um "coupé" 2+2 (o que significa dois lugares "apertadinhos" atrás), ligeiramente mais curto, mais largo e mais baixo que um GranTurismo: 4,59 m de comprimento, por 1,93 m de largura e 1,28 m de altura. O seu ronco fenomenal provinha de um V8 de 4,7 litros colocado em posição central dianteira, debitando 460 cv às 7000 rpm.
Tratou-se, contudo, de um "concept", o que significa que, por muito apaixonante que as suas linhas sejam, o "design" final, para produção, poderá não ser exactamente assim, ao detalhe. Consta, aliás, que as formas finais (que nunca andarão muito longe das do protótipo) só ficarão definidas em 2018.
"Mas o Alfieri já se revelou importante para a nossa marca pelas pistas que avançou em termos de ‘design’ para outros modelos, em especial na grelha dianteira, influenciando tanto o Ghibli como o Levante", acrescentou Pastore.
A Maserati está em fase de lançamento do seu primeiro SUV, o
Levante, com destaque para a primeira motorização Diesel da sua história, um V6 3.0 de 275 cv. Giulio Pastore afasta, contudo, a hipótese de a marca vir a fazer um SUV mais compacto, a exemplo do que a Porsche fez com o Macan.
Até porque a marca do tridente parece estar numa fase de forte recuperação. Está a construir uma gama mais alargada e tem como objectivo a produção de 75 mil unidades em 2018, contribuindo com uma boa fatia dos lucros do Grupo FCA (Fiat Chrysler Automobiles) que bem precisa que alguma das suas unidades faça entrar dinheiro fresco!