Maior, melhor e tecnologicamente mais avançada. A sexta geração do Polo foi desvendada esta manhã pela Volkswagen (embora só seja comercializada no final do ano) e é, para já, o culminar de uma longa história, feita de 14 milhões de unidades vendidas ao longo de 42 anos. O primeiro Polo foi lançado em 1975 e seria pouco maior que… o actual up!, mas foi crescendo, crescendo e a nova geração atingiu cotas exteriores e de habitabilidade melhores que as do primeiro Golf!
É impossível não o notar, até mesmo só em fotos. Graças à utilização da plataforma MQB A0 –estreada pelo "primo"
Seat Ibiza –, versão encurtada da que serve também para o Golf, o Polo VI teve "ordem" para crescer. E isso é visível à vista desarmada e mesmo sem fita métrica, tal a diferença de proporções: com mais 8 cm no comprimento e 7 cm na largura mas menos 1 cm na altura – apesar disso há mais espaço para a cabeça dos ocupantes –, o compacto da VW ganhou um ar muito maior e mais "senhor da estrada", também pela maior distância a que se encontram agora as rodas, com o crescimento da distância entre eixos em 9 cm.
Para que conste, as dimensões do novo Polo são 4,053 m de comprimento, 1,75 m de largura e 1,44 m de altura, com 2,56 m de distância entre eixos. O aumento deste valor, bem como do comprimento e largura permitiram não só dar mais espaço para pernas aos ocupantes do banco traseiro mas resolver um dos pontos negativos do anterior Polo que tinha uma bagageira exígua. Nesta sexta geração houve um aumento de 25% de volume, mais 71 litros, para 350 litros, passando a estar entre as referências do segmento.
Não foi apenas o aumento das dimensões que deu um ar muito mais adulto ao novo Polo, todo o tratamento estético contribuiu para essa diferenciação.
"Este VW é imediatamente reconhecível como o Polo mas, ao mesmo tempo, também se percebe de imediato que é a nova geração, pelo novo estilo mais desportivo, limpo e único", explicou o responsável do "design", Klaus Bischoff que define algumas linhas cruciais da carroçaria do Polo: a que segue o tejadilho até ao final do pilar C; a que liga os faróis dianteiros à parte traseira; e a linha tensa que atravessa o portão traseiro ligando as ópticas com nova assinatura luminosa.
Também o interior foi totalmente refeito e parece-nos com um ar moderno e particularmente fresco, com o grande ecrã central táctil (que pode chegar às 8 polegadas) muito bem integrado e quase na continuação do painel de instrumentos digital. Que é a segunda geração do Active Info Display, estreada neste Polo. Mas aqui temos de chamar a atenção que, nas primeiras fotos divulgadas pela marca, estamos na presença das versões mais ricamente equipadas, ou seja, os Polo mais baratos não terão este ar tecnologicamente tão avançado…
O que terão de série, mesmo o nível Trendline, o mais baixo, é alguns sistemas de segurança, como a travagem de emergência em cidade, com detecção de peões. O Polo VI terá, aliás, acesso a todas as tecnologias de auxílio à condução e de segurança activa, o que lhe é permitido pela plataforma MQB. Com elementos como alerta de fadiga de condutor, cruise control adaptativo (o sensor está integrado no emblema, na grelha), alerta de ângulo morto ou de tráfego na traseira, útil quando se sai de um estacionamento em marcha-atrás. E a marca anunciar que as tecnologias que não estiverem disponíveis de série o estarão em opção a preços muito acessíveis.
A sexta geração do VW Polo vista com todo o detalhe!
Obviamente que a parte da conectividade dos "smartphones" não foi descurada, em especial num modelo que tem uma clientela com uma forte componente jovem. Os ecrãs centrais tácteis variam entre as 6,5 e as 8 polegadas, dispõem da função Mirror Link para "espelharem" tudo o que o "smartphone" do utilizador tem e são compatíveis com os sistemas Apple CarPlay e Android Auto. Há também um espaço, à frente da manete dacaixa, preparado para carregamento dos telemóveis por indução, ou seja, sem cabos. A VW desenvolveu também uma versão a pensar na clientela mais jovem, o Polo Beats, com um equipamento sonoro mais potente.
Quando a motores, os Diesel serão duas variantes do 1.6 TDi com 80 e 95 cv, parecendo a oferta a gasolina bastante mais interessante: 1.0 MPI de 65 e 75 cv; 1.0 TSI de 95 e 115 cv; 1.5 TSI de 150 cv. Os motores de 95 cv para cima são compatíveis, em opção, com caixa automática DSG de 7 velocidades.
Mais entusiasmante será o novo Polo GTI que trocará o 1.8 TSI de 192 por um 2.0 TSI de 200 cv, conseguindo acelerar até aos 100 km/h em apenas 6,7 s. E é promissora esta versão, por toda a restante evolução do Polo: a alteração das dimensões, tornando-o mais comprido, largo e baixo, mas também a adopção da nova plataforma, tecnologicamente mais evoluída, promete uma condução desportiva muito mais eficaz. A tal ponto que o presidente da VW, Herbert Diess, não teve quaisquer dúvidas em assumir o desafio:
"Este carro tem um comportamento muito mais preciso e, por isso, podemos atacar concorrentes ‘premium’ como o Mini ou o Audi A1!".
Diess estava, aliás, "nas nuvens" durante o lançamento da sexta geração do Polo, lembrando que este será um ano bombástico para a Volkswagen:
"Começámos a lançar a maior campanha de modelos de que há memória nesta marca. Teremos dez novos modelos só em 2017, começámos com o Golf, seguiu-se o Arteon e agora o Polo. E muito em breve teremos um lançamento muito importante para nós, o novo SUV, o T-Roc!".
Assim antecipou o presidente da VW o carro que será construído em Palmela, na Autoeuropa, fundamental para uma estratégia que levará a que
"40% da gama da VW, em 2019, seja composta por SUV". Antes do arranque da segunda fase, com o lançamento da família de modelos eléctricos, outro plano ambicioso da marca que se quer tornar no maior "player" mundial da indústria automóvel, juntamente com as restantes marcas que integram o seu grupo!