Audi Q2 ataca novo nicho

Estando o segmento dos SUVs compactos a crescer a olhos vistos, a Audi aposta forte com o Q2 que venderá a partir de Novembro, num nicho do mercado onde as rivais BMW e Mercedes ainda não têm qualquer produto. Porque este Q2, como o nome indica, ficará abaixo do Q3, o rival natural dos BMW X1 e Mercedes GLA, comparando-se com modelos de grande popularidade como o Nissan Juke, Peugeot 2008 ou Renault Captur, até aqui sem adversários dos construtores ditos "premium" na luta dos "crossovers" urbanos.

Para contextualizar as imagens que mostramos acima, podemos dizer que o Audi Q2 é 12 cm mais curto que um A3 Sportback (versão de 5 portas), apenas 1 cm mais largo, mas 8 cm mais alto. Já em relação, por exemplo, ao popular Nissan Juke, o Q2 é 6 cm mais comprido e 3 cm mais largo, mas 6 cm mais baixo. Por outro lado, apesar de ter uma distância entre eixos quase 4 cm mais curta, o Q2 consegue oferecer uma bagageira maior que o A3 Sportback (380 l) e bastante maior que o Juke (354 l), com excelentes 405 litros de volume que podem chegar aos 1050 litros se se rebaterem os bancos traseiros.

O Audi Q2 está construído sobre a mesma base do A3, a plataforma modular do Grupo VW para motores montados em posição transversal (MQB). E já que nos referimos a motores, este "crossover" de Ingolstadt aparecerá com três a gasolina e três Diesel: na primeira "equipa" alinham os 1.0 TFSI de 116 cv, 1.4 TFSI de 150 cv – com a tecnologia que desliga dois dos quatro cilindros em determinadas situações para baixar o consumo – e 2.0 TFSI de 190 cv; do lado do gasóleo terá o 1.6 TDI de 116 cv e dois 2.0 TDI com 150 e 190 cv.

Tirando os dois motores de 190 cv que têm caixa automática S tronic de sete velocidades, todos os outros estarão associados a caixas manuais de seis relações. A caixa automática será opcional nestas versões. As duas versões mais potentes têm também, de série, tracção integral quattro pelo sistema de embraiagem multidiscos Haldex que pode ser uma opção nas motorizações de 150 cv a gasolina ou Diesel.

É com este Q2 muito compacto que a Audi quer entrar no competitivo nicho dos "crossovers" citadinos, propondo ainda uma enorme quantidade de ajudas à condução, embora algumas como equipamentos opcionais. São os casos do "cruise control" activo, reconhecimento de sinais de trânsito, "head-up display", alerta de saída involuntária de faixa ou detector de outros veículos no ângulo morto.

Tratando-se de um modelo claramente virado para uma clientela mais jovem, a marca alemã deu particular ênfase a todas as capacidades de conectividade com o mundo exterior, apesar das interrogações que começam a ser colocadas sobre a intromissão destas novas funcionalidades na atenção à condução… O Q2 pode mesmo transformar-se num "hot spot" que permite a ligação "wireless" de oito aparelhos à Internet, tendo a capacidade de ler e-mails ao condutor ou de partilhar determinados itens nas redes sociais

Como referimos, o Audi Q2 só chegará ao mercado em Novembro. É, por isso, ainda demasiado cedo para haver uma ideia do seu preço, mas é natural que fique abaixo do das versões de cinco portas (Sportback) do A3.