Conheça com todo o detalhe a terceira geração do BMW X3

Foi com pompa e circunstância, numa cerimónia em que marcava o 25.º aniversário do anúncio da construção da sua fábrica de Spartanburg, na Carolina do Sul (EUA) que a BMW revelou a terceira geração do X3. Maior mas mais leve, aerodinâmico, confortável e ágil, o novo X3 tem a enorme responsabilidade de prosseguir uma carreira de enorme sucesso que já valeu a este modelo mais de 1,5 milhões de unidades vendidas. Chegará a Portugal em Novembro.

É, de facto, de um automóvel totalmente novo que estamos a falar, mesmo que o estilo não marque qualquer ruptura, antes uma forte evolução, em que se destacam dois "movimentos" antagónicos, o aumento das dimensões do "duplo rim" da grelha BMW face à redução das ópticas dianteiras, agora mais finas (pela tecnologia LED) e sem estarem ligadas à grelha. Também mudaram os faróis de nevoeiro que sempre foram redondos e elevados nos SUV da BMW para serem agora hexagonais e estarem mais integrados nas grandes entradas de ar. O X3 ganhou um ar mais imponente na estrada mas, ao mesmo tempo, menos agressivo, por ter menos arestas e uma carroçaria com formas mais suaves.

Por outro lado, ganhou e muito em dimensões! Com 4,716 m de comprimento, 1,897 m de largura e 1,680 m de altura, a terceira geração do X3 ganhou 6,1 cm em comprimento, 1,7 cm em largura e 1,6 cm em altura, face ao seu antecessor. Tão ou mais importante, pelo que significa no desafogo para as pernas dos passageiros do banco traseiro, a distância entre eixos também cresceu 5,4 cm, para 2,864 m.

Aumento geral de dimensões totalmente aproveitado para o bem-estar dos passageiros, já que a mala manteve a sua capacidade de 550 litros que poderá chegar aos 1600 litros pelo rebatimento das costas dos bancos que pode ser feito na proporção 40:20:40. No acesso à bagageira, o novo X3 pode ter (em opção) o sistema de abertura automática do portão traseiro, passando o pé sob o pára-choques.

Aquele crescimento foi possível porque este X3 é feito sobre a nova arquitectura modular que a BMW estreou no Série 7 (que designa por CLAR) e que serve para os seus mais importantes modelos, já foi assim no Série 5. Além disso, usou metais e ligas leves para conseguir que, apesar das maiores dimensões, o novo X3 ficasse cerca de 55 kg abaixo do peso do anterior modelo, quando comparados iguais níveis de motorização e equipamento.

A nova base e a maior distância entre eixos permitiu também algo que é muito caro à BMW, uma distribuição de peso 50:50 entre os dois eixos, meio caminho andado para um excelente comportamento dinâmico. Houve também um longo trabalho de afinação do chassis para permitir uma condução mais desportiva, além de alguns opcionais que ajudam a reforçar esta vertente, como o chassis M Sport, o amortecimento variável, a direcção desportiva variável ou os travões M Sport.

Numa primeira fase, o novo X3 estará disponível com dois motores Diesel e três a gasolina. A versão mais interessante para o nosso mercado será o X3 xDrive 20d, com o Diesel de 190 cv e consumo misto anunciado de 5,4 l/100 km, havendo ainda o X3 xDrive 30d com a variante mais potente, de 265 cv.

No lado dos motores a gasolina, a grande coqueluche é, obviamente, a nova versão M40i com 360 cv e 500 Nm, autêntica versão desportiva até com a suspensão mais baixa e de acerto desportivo, sendo a primeira vez que o X3 tem direito a uma versão com o "carimbo" d M Performance. Haverá ainda as versões xDrive 30i de 252 cv e, pouco depois do lançamento, o xDrive 20i, de 184 cv. Todos os motores estarão acoplados à caixa automática de 8 velocidades Steptronic.

Também o interior foi totalmente renovado, com destaque para o novo "tablier", com um ar mais leve e o ecrã central táctil (e com função de comando por gestos) como que a "flutuar". Novo volante, mais espaços para guardar pequenos objectos e vários opcionais, como painel de instrumentos digital, "head-up display" a cores, ar condicionado de três zonas ou iluminação ambiente. O X3 é proposto em três níveis de acabamento, xLine, Sport e Luxury.

Por fim refira-se que a terceira geração deste "best-seller" da BMW dispõe de todas as mais modernas tecnologias de auxílio à condução e evolui já na direcção da condução autónoma, embora ainda sem lá chegar por completo, devido aos constrangimentos legais. A marca define o ConnectedDrive como "condução parcialmente automatizada", propondo em opção sistemas como "cruise control" activo de última geração, assistência de curva e manutenção na faixa e assistente de trajectória com protecção em caso de colisão lateral. Ou seja, mais um passo rumo aos carros autónomos…

Nesta apresentação faltou apenas uma palavra acerca de uma eventual versão híbrida "plug-in", mas é praticamente inevitável que venha a aparecer – inclusive já foi vista em testes… –, o que poderá acontecer ao longo do próximo ano.