Skoda Kodiaq apresentado… a 7693 km do urso original!

A Skoda pode já ter 120 anos mas há momentos de uma magnitude que exigem cenários gigantescos. E a apresentação mundial do seu maior automóvel de sempre, o SUV Kodiaq de 7 lugares merecia um local desses. Milhares de convidados, com 600 jornalistas de 31 países, reuniram-se na Kraftwerk Berlin, uma antiga central de energia eléctrica que, até 1997, alimentou a que foi a zona oriental (da antiga RDA) da agora capital alemã.

Precisamente a 7693 km de Kodiak, a ilha a sul do Alasca, onde vive o urso com o mesmo nome. São cerca de 3500 ursos numa ilha habitada por 14.824 pessoas. E a parte mais curiosa é que o nome da cidade se escrevia Kodiak, até a Skoda desafiar a comunidade e a "mayor" Pat Branson a mudar o nome, pelo menos temporariamente, para Kodiaq para condizer com o novo SUV! "Este SUV vai levar o nome da nossa cidade a todo o Mundo!", dizia entusiasmado um habitante da… ex-Kodiak!

Uma festa grande, apropriada para este avantajado SUV de 4,697 metros de comprimento, por 1,882 m de largura e 1,676 m de altura (incluindo as barras de tejadilho), com uma distância entre eixos de 2,791 m. O Kodiaq é construído sobre a plataforma modular do Grupo VW para modelos que usam motores em posição transversal, designada por MQB.

"Passo a passo temos vindo a alargar a nossa gama de veículos e, com o Kodiaq, abrimos um novo capítulo", anunciou o presidente da Skoda, Bernard Maier. "Desenvolvemos intensamente este carro nos últimos quatro anos e os nossos técnicos e engenheiros percorreram mais de um milhão de quilómetros em testes para prepararem o Kodiaq. Pusemos todo o nosso ‘know-how’ e todo o nosso talento neste SUV".

A Skoda fez também um esforço para, num automóvel daquelas dimensões, controlar o peso. E conseguiu valores extremamente interessantes, em especial na versão de entrada na gama, com o motor a gasolina 1.4 TSI (125 cv), com valores de 1452 kg e 1540 kg para as variantes de tracção dianteira ou tracção integral, respectivamente.

Apesar de ser apenas 4 cm mais longo que um Skoda Octavia, o interior do Kodiaq consegue ser bastante mais espaçoso, ao ponto de permitir uma terceira fila de bancos, para uma lotação máxima de sete ocupantes. É também pelo aproveitamento do espaço que a bagageira atinge enormes 720 litros que, rebatendo os bancos da segunda fila (na proporção 60:40), podem chegar aos 2065 litros. E há ainda a opção de o banco dianteiro poder rebater-se para permitir transportar objectos até 2,8 m de comprimento!

O novo SUV da Skoda pretende também destacar-se por elementos de grande funcionalidade. Como a porta da bagageira de funcionamento eléctrico que pode ser aberta passando o pé sob o pára-choques traseiro. Ou os guarda-chuva escondidos nas portas dianteiras, além da protecção plástica que sai da porta para a proteger dos pequenos toques nos estacionamentos

O Kodiaq tem quatro câmaras que proporcionam uma visão a 360º no ecrã central e o Skoda Connect permite estar permanentemente ligado à Internet e transformar todo o carro num "hotspot". E tem ainda um sistema de carregamento do telemóvel por indução, ou seja, sem necessitar de cabos. Ao todo, a marca reivindica que o Kodiaq dispõe de três dezenas de dispositivos "Simply Clever" para tornar mais funcional a sua utilização.

A nível de motorizações, a Skoda propõe duas versões do Diesel 2.0 TDI, com 150 e 190 cv. No "cardápio" a gasolina existem duas versões do 1.4 TSI, com 125 e 150 cv e o 1.8 TSI de 180 cv que não se venderá em Portugal. A tracção integral estará disponível em todas as motorizações, excepto na 1.4 TSI, em que só existirá com tracção dianteira.

Com o Kodiaq a Skoda não só lança a nova estratégia de SUV da marca, como inicia uma ofensiva de novos produtos que irá até 2025 e que inclui o primeiro híbrido plug-in (que será um Superb) e o primeiro veículo totalmente eléctrico.

A chegada do Skoda Kodiaq a Portugal está prevista para o primeiro trimestre de 2017, mais concretamente para o início de Março. Não estão, contudo, ainda definidas as configurações internas quanto ao número de lugares, se os sete lugares serão de série ou se os dois da terceira fila serão opcionais, como sucederá em muitos dos mercados europeus.