Novo Auris será o primeiro Toyota a já não ter motor Diesel

A Toyota vai abandonar os motores Diesel nos automóveis de passageiros à venda na Europa até ao final deste ano. E o mais forte sinal dessa decisão é que a terceira geração do Auris apresentada em Genebra já não conta com qualquer motorização a gasóleo, limitando-se a uma a gasolina e duas híbridas.

Mais que um sinal dos tempos, esta decisão nem se pode considerar drástica já que, para a Toyota, o Diesel não chegava a representar 10% das suas vendas no Velho Continente e a marca nipónica quer apostar ainda mais fortemente nos híbridos de forma a atingir com maior facilidade os limites legais de emissões: em 2021, a média de emissões de CO2 por marca tem de ficar nas 95 g/km (actualmente é de 118,1 g/km), sob pena de pesadas multas. Também assim se percebe a corrida desenfreada aos eléctricos de muitos construtores, para serem lançados antes daquela data…

Em relação à terceira geração do Auris que será lançada em Portugal no primeiro trimestre de 2019, tem um desenho bastante mais agradável e amadurecido, com superfícies mais planas. Em termos de proporções, é mais longo e baixo que o antecessor, ficando-se as dimensões pelos 4,37 m de comprimento (mais 40 mm) e 1,44 m de altura (menos 25 mm), mantendo-se a largura. Quase todo o aumento do comprimento foi para a distância entre eixos, o que deixa antever uma melhoria na habitabilidade. Contudo, o interior do novo Auris só será revelado daqui a mais alguns meses…

Construído sobre uma plataforma derivada da TNGA (Toyota New Global Architecture), o novo Auris beneficiará de um centro de gravidade 20 mm mais baixo que o do seu antecessor, chassis mais rígido e novo eixo traseiro multibraços, para um melhor comportamento dinâmico. Para isso também confiará nas motorizações, em especial na nova opção híbrida de 180 cv!

Como entrada na gama haverá um motor convencional a gasolina de 1,2 litros com turbo e 116 cv. Depois, ficarão dois híbridos, o que usa o motor de 1,8 litros para debitar 122 cv e o novo sistema com propulsor 2.0 e um total de 180 cv. A marca diz que este último sistema mantém todas as vantagens do híbrido menos potente a nível do conforto mas permitirá, obviamente, respostas mais enérgicas que destacarão a competência da plataforma TNGA, contando com uma caixa de velocidades com patilhas por trás do volante.

Embora tenha decidido acabar com os Diesel nos automóveis de passageiros até ao final do ano, a Toyota irá continuar a comercializar motorizações a gasóleo no SUV Land Cruiser, na "pick-up" Hilux e no comercial Proace.