Bruce McLaren fez a estreia da equipa com o seu nome no palco da F1 no GP do Mónaco de 1966 com o M2B. Agora, para celebrar os 50 anos deste acontecimento, a marca britânica vai "vestir" o 570S Coupé com as mesmas cores do M2B, numa homenagem ao carro que foi o porta estandarte da marca.
Não é a primeira vez que os carros de estrada da McLaren e a tecnologia da F1 se cruzam, até porque o mundo da competição acaba por funcionar como uma espécie de incubadora que permite desenvolver e aperfeiçoar novas ideias, para que depois sejam implementadas nos modelos de estrada.
À semelhança do M2B, que foi criado três anos depois de Bruce McLaren fundar a equipa de corridas e desenhado por Robin Herd, um engenheiro jovem e irreverente que trabalhou no Concorde, este coupé beneficia da suspensão de triângulos sobrepostos tanto à frente como atrás e tira enorme proveito dos amortecedores ajustáveis, que podem ser configurados pelo condutor apenas com um carregar de botão. Os modos disponíveis são Normal, Sport e Track, de forma a ajustar o comportamento do carro com a vontade do condutor.
O motor V8 de 3.8 litros que debita 562 cavalos produz quase o dobro da potência que o M2B original tinha (303 cavalos). Mas num carro capaz de atingir os 328 KM/h, tão importante como o motor são os travões, e neste campo o McLaren 570S também não compromete. Está equipado com discos de cerâmica.
Estamos habituados a ver os McLaren como carros cirúrgicos e pragmáticos, que fazem tudo tão bem quanto o prometido, ainda assim, há quem diga que não têm a personalidade de um Ferrari. Não é o caso. Este 570S celebra o "pedigree" da marca britânica na competição e carrega em si o carácter do M2B original. Bruce McLaren estaria orgulhoso.