A McLaren aproveitou a realização do GP do Mónaco para apresentar o
570 S coupé, um modelo que nos remete para as origem de uma equipa criada por
Bruce McLaren (1937-1970) e para a história de um neo-zelandês, que chegou à Europa em 1959 e ingressou na Cooper com a qual venceu o GP dos EUA com apenas 22 anos de idade.
Em 1966 criou a Bruce McLaren Motor Racing, que viria a dividir a sua actividade entre a Fórmula 1 e os EUA, onde se afirmou na Can-Am. O Canadian-American Challenge Cup, ou a Can-Am como rapidamente passou a ser conhecida, foi um campeonato alucinante aberto a protótipos com motores de cilindrada livre e muito poucas restrições técnicas.
Há cerca de 50 anos surgiram motores com 1 000 cv de potência, apesar de a Porsche ter chegado a reivindicar 1 500 cv para o 917/30 do início dos anos 70. Tudo começou em meados da década de 60, numa altura em que Bruce McLaren tinha criado a sua própria equipa de Fórmula 1 (1963), tendo adoptado a Can-Am como uma via alternativa. Foi uma opção correcta porque a McLaren dominou o campeonato entre 1967 e 1971, garantindo cinco títulos.
Com base no 650S Spider, a McLaren Special Operations (MSO) desenvolveu um modelo especial inspirado no carro com que Bruce McLaren/Chris Amon alinharam em Mont Temblant, Canadá, na primeira corrida da história da Can-Am. Serão produzidas 50 unidades, cujo preço à saída da fábrica ronda os 346 mil euros.
As grandes alterações face ao 650S passam principalmente pela imagem e os mais pequenos detalhes foram cuidados. É o caso das jantes em liga ao estilo dos anos 60 com pneus Pirelli PZero Corsa, das pinças dos discos de travão carbo-cerâmicos pintadas a preto ou dos escapes cromados, que sobressaem da grelha posterior em fibra de carbono.
As primeiras unidades foram pintadas de vermelho, a mesma cor do M1B que Bruce McLaren/Chris Amon partilharam na primeira temporada da Can-Am. O Papaya Spark, uma tonalidade metálica realizada com base no laranja que surgiu nos primeiros McLaren de Fórmula 1 é outra alternativa, embora também estejam previstos modelos pintados de negro uma cor muito usada por equipas privadas que utilizaram o modelo inicial da equipa da Nova Zelândia.
FICHA TÉCNICA
346 000 € sem impostos
MOTOR V8 Twin-turbo
CILINDRADA 3 799 cc
POTÊNCIA 650 cv/7 250 rpm
BINÁRIO 678Nm/6 000 rpm
RELAÇÃO PESO/POTÊNCIA 2,1 kg/cv
VELOCIDADE MÁXIMA 329 km/h
0 A 100 KM/H 3,0 s
CONSUMO MÉDIO 11,7 l/100 km
EMISSÕES DE CO2 275 g/km