Oficialmente o Viper deixa de existir este ano, quando comemora o seu 25º aniversário. Tudo começou no final dos anos 80, num tempo em que a Chrysler era a única das grandes marcas americanas que não tinha um super-desportivo no seu catálogo. O Grupo era então liderado por Bob Lutz e decidiu criar um automóvel musculado de dois lugares. Apenas alguns meses depois foi construído o primeiro protótipo, que foi apresentado no salão Automóvel de Detroit de 1989, onde dois anos depois surgiu o primeiro Viper, que foi produzido até 1995. A segunda geração sobreviveu até 2010, altura em que o Grupo Fiat chegou ao controlo da marca de Detroit.
Nessa altura Sergio Marchionne fez gala em afirmar a importância do Viper como imagem de marca e entregou a produção à SRT (Street and Racing Technology), uma divisão da Chrysler.
Surgiu um novo Viper. Para além de ter assumido uma aerodinâmica mais apurada, o habitáculo deixou de ser um espaço escuro salpicado de plásticos barulhentos de baixa qualidade. Tornou-se requintado com a adopção de estofos em couro de elevada qualidade, algo que vai muito além do que é habitual nos automóveis americanos. O mesmo acontece com os bancos produzidos pela Sabelt, um fornecedor da Ferrari.
Ganhou qualidade mas manteve o estilo. Um grande motor V10 de 8.4 litros e 649 cv está escondido sob um enorme capot e faz a diferença num coupé que passou a contar com controlo de estabilidade, sistema de navegação e ar condicionado automático.
Chega aos 331 Km/h e passa de 0 a 100 km/h em menos de quatro segundos. Mas, mais importante do que isso, passou a ser muito mais fácil de guiar mesmo na versão mais desportiva - a GTS -, que permite desligar o controlo de estabilidade e conta com um launch control para arranques fulminantes. Um diferencial viscoso e enormes pneus Pirelli garantem a tracção ao mesmo tempo que permitem curvar com as rodas traseiras a escorregar em aceleração. Em opção, estão disponíveis discos de travão da Brembo.
Mas as vendas nunca garantiram a rentabilidade que o Grupo FCA esperava e Sergio Marchionne decidiu terminar a produção deste grande coupé. Para os apaixonados pelo Viper ficam várias edições especiais (começaram por ser cinco) evocativas da história do modelo. Todas desapareceram rapidamente do mercado e algumas novas propostas poderão ainda surgir até ao final do ano.
Série final comemorativa
Ficha técnica
MOTOR V10
CILINDRADA 8 382 cc
POTÊNCIA MÁXIMA 649 cv/6 2000 rpm
BINÁRIO MÁXIMO 814 Nm/5.000 rpm
PESO/POTÊNCIA 2,3 Kg/cv
VELOCIDADE MÁXIMA 331 Km/h
0 A 100 KM/H 3,5 s
CONSUMO MÉDIO Não indicado
EMISSÕES DE CO2 Não indicado