A escassez de chips, provenientes da China, criou atrasos no fabrico de automóveis, o que originou tempos de espera bastante longos para o consumidor final. Esta falta de produto gerou uma inflação nos preços, quer nos carros novos, quer nos usados.
Desta forma, hoje, vender um carro usado poderá ser um bom negócio, devido à inflação de preços que se tem verificado.
Vejamos o caso do Renault Clio 1.5 dCi 90cv ECO2 Dynamique S 5p S/S (90 CO2), viatura bastante comum no mercado português. Em meados de 2013, o preço de venda ao público deste modelo (em novo) era de 18.750€.
Seria esperado que em 2021, este automóvel fosse vendido a um profissional (para revenda) por 5,5 mil euros, em Janeiro. E por 4,8 mil euros em dezembro, segundo estimativas da FleetData, especializada na recolha de informação sobre o mercado automóvel.
No entanto, a falta de carros novos fez aumentar a procura por veículos em segunda mão, o que fez com que os preços subissem.
No início deste ano, a referida viatura foi transacionada por 5,8 mil euros (vendida a profissional). Espera-se que em dezembro seja vendida por 6,1 mil euros, estimativas da FleetData.
Algumas marcas de automóveis já anunciaram a intenção de fabricar os microchips internamente, o que parece ser, neste momento, a solução mais viável para a resolução deste problema.
Para Luís Ribeirinho, da FleetData, o aumento de preços foi gerado pela "falta de matérias-primas e pela crise económica gerada pelas restrições pandémicas". "O fabrico de componentes no mercado doméstico, reduzindo a dependência de matérias-primas importadas, poderá ser uma solução para resolver o problema da falta de produto e, também, gerar mais emprego", explica o diretor comercial da FleetData.
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