Os monolugares da Formula 1 têm sofrido inúmeras alterações desde que a competição teve o seu início, nos anos 50. E se os propulsores e os apoios aerodinâmicos não param de evoluir, o mesmo se pode dizer dos volantes, que acompanharam toda esta evolução tecnológica, tornando-se cada vez mais numa ferramenta útil para os pilotos mas ao mesmo tempo cada vez mais complexa, ou não fosse o volante actual "formado" por dezenas de botões.
A evolução dos volantes da F1 ao longo de 59 anos
Desde o volante em madeira e alumínio usado por Stirling Moss em 1957 até ao volante que Nico Rosberg utilizou este domingo para se
sagrar campeão do mundo pela primeira vez muita coisa mudou, mas o estúdio "Donut Media" compilou esses 59 anos num único vídeo. E o resultado não podia ser melhor.
A primeira mudança relevante surge em 1963, com a utilização de pele no lugar da madeira, para uma melhor aderência. E desde essa altura até 1978 (ilustrado no vídeo com o volante de Emerson Fitipaldi) pouco ou nada mudou. Mas em 1978foi introduzido o "quick release", permitindo aos pilotos "montar" e "desmontar" o volante em meros segundos e sem nenhum tipo de esforço.
Em 1982 surge a camurça em vez da pele (trata-se de um material que garantia ainda uma melhor aderência), ilustrado no vídeo pelo volante de Mark Surer, e aparecem também os primeiros botões, que continuaram a crescer em quantidade e em importância nos anos seguintes.
E foi precisamente a partir da década de 80 que começaram a surgir as alterações mais "radicais" e que ainda hoje são usadas na competição. Desde a introdução da embraiagem e das "patilhas" no guiador, passando por um visor digital e um botão para beber água (existe um recipiente com água que tem um tubo ligado ao capacete dos pilotos), tudo (ou quase tudo) pode ser feito através deste "instrumento".
Estamos a falar por exemplo dos sistemas DRS e KERS, que são activados e desactivados no guiador, do sistema de comunicação com a equipa e algumas afinações do carro, bem como a activação de "ajudas electrónicas" tais como o controlo de tracção.
Mas não foi só em termos de funcionalidade que o volante da Fórmula 1 se alterou. Ao longo dos anos foram usados e testados novos materiais que permitiram poupar quilos preciosos (o volante de F1 actual pesa cerca de 1300 gramas) independentemente do número de botões e visor digital.
Com toda esta tecnologia deve estar a imaginar que desenvolver um "brinquedo" nestes não fica barato. E pensa bem! É que o custo do volante usado pelas equipas da Formula 1 da actualidade pode facilmente ascender aos 50 mil euros.
Recorde-se que que o estúdio "Donut Media" já tinha feito uma abordagem semelhante a esta mostrando a evolução dos capacetes de competição ao longos anos. Pode ver o vídeo
aqui.