Em cada época houve sempre um construtor a dominar o Campeonato do Mundo de Ralis. Nos últimos quatro anos foi a VW com o Polo R WRC e Sebastien Ogier, mas entre os anos 70 e os anos 90, a Lancia marcou o ritmo de uma forma mais ou menos evidente.
Ainda antes da criação do "Mundial" em 1973 (vitória da Alpine Renault) o Lancia Fulvia HF venceu em 1972 o então Campeonato Internacional de Ralis. Foi o início de uma saga que se estendeu até ao final da temporada de 1992, quando os italianos abandonaram a competição a nível oficial.
Ao longo deste período a Lancia totalizou 10 vitórias no Campeonato de construtores com o Stratos (1974, 1975 e 1976), com 037 (1983) e por seis vezes consecutivas (entre 1987 e 1992) com o Delta.
Os pilotos da equipa italiana não conseguiram ser tão bem sucedidos no campeonato de condutores, tanto mais que ao reunir sempre formações muito fortes as vitórias alternavam-se e se o número de triunfos da marca crescia nunca houve grande hegemonia de um único piloto.
A lista de pilotos da Lancia reuniu os melhores: Markku Alen, Didier Auriol, "Miki" Biasion, Juha Kankkunen, Sandro Munari, Bernard Darniche, Walter Rohrl, Bjorn Waldegaard, "Miki" Biasion e tantos outros. Destes só o finlandês Juha Kankkunen (1987 e 1991) e os italianos "Miki" Biasion (1988 e 1989) e Sandro Munari (1977) chegaram ao titulo.
Nem tudo foram alegrias na história da equipa Lancia de Ralis. O drama também esteve presente em dois momento fatídicos: Attilio Bettega perdeu a vida em 1985 no Volta à Corsega uma prova onde Henri Toivonen também faleceu no ano seguinte, quando liderava o rali.
Ao longo desta época a Lancia utilizou o Lancia Fulvia HF (até 1973); o Lancia Stratos (de 1974 até 1977), que foi obrigado a ceder o protagonismo a um certo Fiat 131 Abarth; o 037 (1982 a 1985), que deu lugar ao Delta S4, utilizado até ao final da temporada de 1986, quando os Grupos B foram banidos dos ralis. Em 1987 surgiu o Delta e no no seguinte o Delta Integrale, que não parou de evoluir até ao fim da sua carreira em 1992.