O próximo Rali Dakar vai decorrer pela primeira vez na história num único país, com o Peru a ser o anfitrião da edição de 2019 desta mítica prova de todo-o-terreno.
Recorde-se que a organização do evento tinha como plano inicial começar a prova no Chile e terminar no Equador, mas não conseguiu chegar a acordo com estes países. E antes de assumir um compromisso com o Peru terá ainda reunido com responsáveis da Bolívia, também sem sucesso.
Ainda assim, e apesar da falta de países interessados em receber o Dakar, a organização acredita que as praias e as dunas do Peru serão suficientes para continuar a atrair os melhores pilotos da disciplina.
"Sabemos que ele [o Dakar] vai atrair os melhores pilotos da disciplina porque todos os anos é o evento com o nível de referência mais alto", afirmou Etienne Lavigne, director do Rali Dakar, em declarações ao "Motorsport.com". "No Peru aconteceu o acidente do Loeb, o acidente com o Nani Roma… é um terreno difícil. Não estamos a montar um passeio", adiantou.
A areia e as dunas do Peru vão garantir espectáculo mas vão obrigar a organização a alterar o desenho habitual das etapas. "Vamos criar etapas mais difíceis e mais técnicas porque este tipo de geografia com areia e dunas não podemos ter etapas com 400 quilómetros. Seria muito difícil", atirou Lavigne.
O Dakar "100% peruano" arranca no dia 6 de Janeiro de 2019 e termina no dia 17. Mas ao contrário do que acontecia até aqui, pilotos de carros e camiões que abandonem na primeira semana pode retomar a prova no início da segunda, começando aí classificação paralela à geral e apenas entre si. Isto não se irá a aplicar aos pilotos das motos e dos "quads".