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Do passado ao presente: Walter Rörhl explica porque o Porsche 911 Turbo é um super carro de sonho

18:39 - 02-01-2021
 
“O Porsche 911 Turbo (série 930) lançado em 1975 foi uma revolução técnica na produção de automóveis”, explica Walter Röhrl . A primeira variante tinha 260 cv, debitados por um bloco turbo de 3.0 litros e passados às rodas traseiras por uma caixa manual de quatro velocidades.“Era uma transmissão muito desafiadora no que diz respeito à potência, mas era isso que tornava este Porsche fantástico para condutores experientes”, elogia o piloto alemão. O visual também impressionava, com a enorme asa traseira e as cavas das rodas alargadas para combinarem com as jantes Fuchs.“Realizei um sonho pessoal em 1979 quando, após quatro anos no mercado, comprei o meu primeiro 911 Turbo”, acrescenta Röhrl . O motor do super desportivo tinha evoluído, entretanto, para um bloco turbo de 3.3 litros, com 300 cv de potência e uma caixa manual de cinco velocidades, mais fácil de manusear.Quando foi lançado, em 1989, o Porsche 911 Turbo da série 964 mantinha o mesmo propulsor do antecessor, mas com a potência elevada aos 320 cv, com a segurança de condução a ser reforçada com o sistema de travagem ABS e a direcção hidráulica.Os motores da primeira variante, no entanto, estavam um pouco desactualizados, como explica Walter Röhrl . “Não foi um grande avanço em termos dinâmicos em relação aos antecessores”, nomeadamente nas acelerações, “razão pela qual este modelo está entre os menos populares da família 911”.“Ainda era um carro extremamente bonito, com as asas largas nas laterais, os faróis elevados e poderosa asa traseira” mas tudo mudou com a introdução da variante turbo de 3.6 litros. Com um motor totalmente novo e uma potência de 360 cv, “continua a ser um dos super desportivo de sonho até hoje”.A geração 993 do Porsche 911 Turbo, lançada em 1994, ficou marcada pela introdução de um sistema de tracção integral, uma inovação que tornou o super desportivo muito mais “civilizado” na estrada, ao distribuir os 408 cv do motor de 3.6 litros de maneira mais eficiente.E Walter Röhrl  acredita que, de alguma forma, teve um papel significativo no desenvolvimento do modelo, ao afirmar que não era possível criar um super carro com 408 cv sem tracção às quatro rodas. “Depois de muitos testes, decidimos então pela nova embraiagem, com distribuição variável de potência à frente, em vez do antigo princípio de distribuição fixa”, explica o piloto. Combinado com o novo eixo traseiro Weissach e o desenvolvimento harmonioso da potência debitada pelo motor biturbo, “este super desportivo é simplesmente fantástico de guiar e dificilmente pode ser superado quando se fala de dinâmica de condução”. E, dos 0 aos 100 km/hora, explodia em 4,5 segundos!A era moderna do Porsche 911 chega, em 1997, com a geração 996, ao introduzir a refrigeração líquida num desportivo cujos motores eram, até então, exclusivamente refrigerados a ar. “Tecnicamente, o carro era excelente”, sublinha o piloto. “Até os travões carbono-cerâmicos da Porsche para a competição estavam agora disponíveis como padrão”.O 996 era, de longe, o melhor Turbo que já existira até então, mas a sua aparência visual não caiu bem junto dos fãs da marca, a começar pelo desenho dos faróis. “É completamente injustificado”, opina Röhrl . “Para mim, o 996 Turbo é um modelo privilegiado, especialmente quando é visto na perspectiva actual”.“Continua a ser um desportivo muito rápido e totalmente adequado para a condução quotidiana a um preço razoável, embora, pessoalmente, prefira a versão com transmissão manual”. Os 420 cv do motor biturbo de 3.6 litros são passados às quatro rodas pela caixa automática Tiptronic, que, na opinião de Röhrl , não conseguia retirar toda a potência do bólide.“A série 997, de 2004, foi um passo em frente em estilo visual; mesmo nos nossos dias, continua a exibir a estética de um Porsche 911 moderno”, assinala Walter Röhrl.Do lado técnico, a faixa mágica dos 500 cv foi alcançada com o 997.2 Turbo, por que é conhecida a segunda fase do super modelo, debitados pelo bloco biturbo de 3.8 litros. Foi nesta variante que, pela primeira vez, foi introduzida a transmissão PDK de dupla embraiagem. “O carro é maravilhoso e ainda hoje não consigo encontrar nele nada de negativo”, sublinha o piloto. “Ainda gosto de sentar-me ao volante deste 997; há uma sensação maravilhosamente analógica na configuração da direcção, da transmissão e dos travões”.Ainda terrivelmente moderno e actualizado, é difícil acreditar que o 911 Turbo da geração 991 tenha sido já substituído por uma nova versão. Lançado em 2011 com 520 cv, debitado pelo bloco biturbo de 3.8 litros, viu a potência subir para 540 cv quando foi reestilizado em 2016.Walter Röhrl evoca, nesta variante, um regresso às raízes do Porsche 911 quanto ao estilo. “Os guarda-lamas ainda mais largos lembram quase os do 911 Turbo original. “A distribuição da potência também foi mais refinada graças à tracção integral e à introdução da direcção no eixo traseiro. “A capacidade de resposta, o equilíbrio e a potência desenfreada do motor são simplesmente incríveis”, destaca o piloto.Revelado em Junho de 2020, o mais recente 911 Turbo da série 992 mantém o bloco de 3.7 litros e seis cilindros em linha, com dois turbos de geometria variável e uma potência de 580 cv. Sempre mais potente e mais eficiente, o 992 Turbo faz 2,8 segundos dos 0 aos 100 km/hora e atinge facilmente os 320 km/hora. “O carro melhorou em tantos níveis que quase me deixa sem palavras”, afirma Röhrl. Mesmo assim, ainda são 70 cv a menos do que o monstruoso Turbo S, que está no topo da gama de variantes de estrada do 911. “O série 992 está ao nível de um super desportivo, mas qualquer pessoa pode conduzi-lo sem receios”, conclui o piloto germânico, “sem riscos de sub ou sobreviragem, e que até há alguns anos a evolução técnica do modelo era inconcebível.
“O Porsche 911 Turbo (série 930) lançado em 1975 foi uma revolução técnica na produção de automóveis”, explica Walter Röhrl . A primeira variante tinha 260 cv, debitados por um bloco turbo de 3.0 litros e passados às rodas traseiras por uma caixa manual de quatro velocidades.“Era uma transmissão muito desafiadora no que diz respeito à potência, mas era isso que tornava este Porsche fantástico para condutores experientes”, elogia o piloto alemão. O visual também impressionava, com a enorme asa traseira e as cavas das rodas alargadas para combinarem com as jantes Fuchs.“Realizei um sonho pessoal em 1979 quando, após quatro anos no mercado, comprei o meu primeiro 911 Turbo”, acrescenta Röhrl . O motor do super desportivo tinha evoluído, entretanto, para um bloco turbo de 3.3 litros, com 300 cv de potência e uma caixa manual de cinco velocidades, mais fácil de manusear.Quando foi lançado, em 1989, o Porsche 911 Turbo da série 964 mantinha o mesmo propulsor do antecessor, mas com a potência elevada aos 320 cv, com a segurança de condução a ser reforçada com o sistema de travagem ABS e a direcção hidráulica.Os motores da primeira variante, no entanto, estavam um pouco desactualizados, como explica Walter Röhrl . “Não foi um grande avanço em termos dinâmicos em relação aos antecessores”, nomeadamente nas acelerações, “razão pela qual este modelo está entre os menos populares da família 911”.“Ainda era um carro extremamente bonito, com as asas largas nas laterais, os faróis elevados e poderosa asa traseira” mas tudo mudou com a introdução da variante turbo de 3.6 litros. Com um motor totalmente novo e uma potência de 360 cv, “continua a ser um dos super desportivo de sonho até hoje”.A geração 993 do Porsche 911 Turbo, lançada em 1994, ficou marcada pela introdução de um sistema de tracção integral, uma inovação que tornou o super desportivo muito mais “civilizado” na estrada, ao distribuir os 408 cv do motor de 3.6 litros de maneira mais eficiente.E Walter Röhrl  acredita que, de alguma forma, teve um papel significativo no desenvolvimento do modelo, ao afirmar que não era possível criar um super carro com 408 cv sem tracção às quatro rodas. “Depois de muitos testes, decidimos então pela nova embraiagem, com distribuição variável de potência à frente, em vez do antigo princípio de distribuição fixa”, explica o piloto. Combinado com o novo eixo traseiro Weissach e o desenvolvimento harmonioso da potência debitada pelo motor biturbo, “este super desportivo é simplesmente fantástico de guiar e dificilmente pode ser superado quando se fala de dinâmica de condução”. E, dos 0 aos 100 km/hora, explodia em 4,5 segundos!A era moderna do Porsche 911 chega, em 1997, com a geração 996, ao introduzir a refrigeração líquida num desportivo cujos motores eram, até então, exclusivamente refrigerados a ar. “Tecnicamente, o carro era excelente”, sublinha o piloto. “Até os travões carbono-cerâmicos da Porsche para a competição estavam agora disponíveis como padrão”.O 996 era, de longe, o melhor Turbo que já existira até então, mas a sua aparência visual não caiu bem junto dos fãs da marca, a começar pelo desenho dos faróis. “É completamente injustificado”, opina Röhrl . “Para mim, o 996 Turbo é um modelo privilegiado, especialmente quando é visto na perspectiva actual”.“Continua a ser um desportivo muito rápido e totalmente adequado para a condução quotidiana a um preço razoável, embora, pessoalmente, prefira a versão com transmissão manual”. Os 420 cv do motor biturbo de 3.6 litros são passados às quatro rodas pela caixa automática Tiptronic, que, na opinião de Röhrl , não conseguia retirar toda a potência do bólide.“A série 997, de 2004, foi um passo em frente em estilo visual; mesmo nos nossos dias, continua a exibir a estética de um Porsche 911 moderno”, assinala Walter Röhrl.Do lado técnico, a faixa mágica dos 500 cv foi alcançada com o 997.2 Turbo, por que é conhecida a segunda fase do super modelo, debitados pelo bloco biturbo de 3.8 litros. Foi nesta variante que, pela primeira vez, foi introduzida a transmissão PDK de dupla embraiagem. “O carro é maravilhoso e ainda hoje não consigo encontrar nele nada de negativo”, sublinha o piloto. “Ainda gosto de sentar-me ao volante deste 997; há uma sensação maravilhosamente analógica na configuração da direcção, da transmissão e dos travões”.Ainda terrivelmente moderno e actualizado, é difícil acreditar que o 911 Turbo da geração 991 tenha sido já substituído por uma nova versão. Lançado em 2011 com 520 cv, debitado pelo bloco biturbo de 3.8 litros, viu a potência subir para 540 cv quando foi reestilizado em 2016.Walter Röhrl evoca, nesta variante, um regresso às raízes do Porsche 911 quanto ao estilo. “Os guarda-lamas ainda mais largos lembram quase os do 911 Turbo original. “A distribuição da potência também foi mais refinada graças à tracção integral e à introdução da direcção no eixo traseiro. “A capacidade de resposta, o equilíbrio e a potência desenfreada do motor são simplesmente incríveis”, destaca o piloto.Revelado em Junho de 2020, o mais recente 911 Turbo da série 992 mantém o bloco de 3.7 litros e seis cilindros em linha, com dois turbos de geometria variável e uma potência de 580 cv. Sempre mais potente e mais eficiente, o 992 Turbo faz 2,8 segundos dos 0 aos 100 km/hora e atinge facilmente os 320 km/hora. “O carro melhorou em tantos níveis que quase me deixa sem palavras”, afirma Röhrl. Mesmo assim, ainda são 70 cv a menos do que o monstruoso Turbo S, que está no topo da gama de variantes de estrada do 911. “O série 992 está ao nível de um super desportivo, mas qualquer pessoa pode conduzi-lo sem receios”, conclui o piloto germânico, “sem riscos de sub ou sobreviragem, e que até há alguns anos a evolução técnica do modelo era inconcebível.
Do passado ao presente: Walter Rörhl explica porque o Porsche 911 Turbo é um super carro de sonho

Foi umas das figuras incontornáveis do Mundial de ralis desde a década de 70 até meados dos anos 80. Walter Röhrl ganhou 14 provas WRC e venceu as 24 Horas de Le Mans com o Porsche 944 LM.

Do passado ao presente: Walter Rörhl explica porque o Porsche 911 Turbo é um super carro de sonho

Aliás, o agora piloto de testes da marca nunca escondeu o carinho que tem pela marca de Estugarda e, principalmente, pelo Porsche 911 Turbo, cujo primeiro modelo comprou há 41 anos. 

Röhrl convida-nos agora a fazer uma rápida viagem pelo mítico desportivo, destacando as principais valências de cada geração.

E pode sempre ver no vídeo os sete super desportivos numa drag race, para perceber qual é o mais rápido...

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