Daniel Ricciardo deu este domingo o primeiro triunfo à McLaren, desde o Grande Prémio do Brasil de 2012, ao vencer o atribulado GP Itália.
O australiano aproveitou da melhor forma as quezílias em pista entre Max Verstappen, da Red Bull, Lewis Hamilton, da Mercedes, para ganhar a 14.ª prova do Mundial de Fórmula 1.
Verstappen e Hamilton tentavam garantir a quinta posição, na luta pelo título de campeão, quando chocaram na curva 2 da 26.ª volta da corrida.
O britânico seguia a trajetória interior quando o holandês tentou ganhar a posição por fora; o acidente foi inevitável, com o Red Bull a ficar "encavalitado" sobre o Mercedes.
O holandês, que tentou ultrapassar Hamilton quando reentrava em pista vindo das boxes, ficou a queixar-se de ter sido "apertado" pelo campeão mundial, que referiu não saber como aconteceu o incidente.
Já na primeira volta tinha havido uma "troca de tinta" entre os dois primeiros classificados do campeonato, mas aí foi Hamilton a queixar-se de ter sido encostado por Verstappen.
O acidente foi o culminar de uma sucessão de erros e azares dos dois pilotos e das suas equipas.
Logo no arranque, Daniel Ricciardo foi mais rápido do que Verstappen (partiu da 'pole position') a chegar à primeira curva, enquanto o piloto da Red Bull teve de defender-se dos ataques de Hamilton.
Ricciardo foi o primeiro dos pilotos da frente a parar, deixando o comando entregue ao holandês, que parou logo a seguir.
Mas um problema na troca de pneus fez Verstappen perder dez segundos nas boxes, o que permitiu a Hamilton uma janela de oportunidade para passar o grande rival na luta pelo título.
Só que o britânico também teve um problema nas boxes, quando parou para trocar de pneus, perdendo mais de quatro segundos.
A sucessão de acontecimentos deixou os dois pilotos lado a lado na primeira chicane, depois de Hamilton ter reentrado em pista, levando ao choque que os atirou para fora da corrida.
Entretanto, Ricciardo tomou a liderança da prova sem nunca mais a abandonar, deixando o companheiro de equipa, o britânico Lando Norris, na segunda posição, a 1,747 segundos, numa "dobradinha" da McLaren.
O finlandês Valtteri Bottas, da Mercedes, ficou na terceira posição, a 4,921 segundos, aproveitando a penalização de cinco segundos dada ao mexicano Sergio Perez, da Red Bull.
O piloto australiano conseguiu ainda a volta mais rápida ao circuito de Monza, com o tempo de 1:24:812, juntando mais um ponto aos 25 que somou pela conquista do GP de Itália.
O feito de Ricciardo é ainda mais surpreendente pois esta foi também a primeira "dobradinha" da temporada.
Para a McLaren, foi a primeira vez que isso aconteceu desde o Grande Prémio do Canadá de 2010, enquanto Daniel Ricciardo não vencia uma corrida desde o Grande Prémio do Mónaco de 2018, então com a Red Bull.
"Mesmo saindo na frente, não era garantido de que iríamos liderar toda a corrida", destacou o volante austrialiano.
"Houve safety car, isto e aquilo, nenhum de nós esperava. Na sexta-feira, alguma coisa me dizia que algo de bom estaria para acontecer. Não só vencer, mas fazer uma 'dobradinha' é insano".
Max Verstappen continua a liderar o campeonato, com 226,5 pontos, mais cinco do que os somados por Lewis Hamilton.
Valtteri Bottas mantém o terceiro lugar, com 141 pontos, seguido de Lando Norris, com 132, e Sergio Perez, com 118 pontos.
O "circo" da Fórmula 1 segue daqui a 15 dias para o circuito de Sochi, onde irá disputar-se o Grande Prémio da Rússia no fim-de-semana de 24 a 26 de Setembro.
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