Niki Lauda, nome histórico da Fórmula 1 que se sagrou campeão do mundo em 1975, 1977 e 1984, morreu esta segunda-feira, aos 70 anos. A notícia foi avançada pelo "Die Presse" e foi revelada pela família.
O antigo piloto austríaco tinha sido submetido a um transplante de pulmão no Verão passado e já este ano tinha estado internado durante várias semanas com pneumonia.
"É com profundo pesar que anunciamos que o nosso querido Niki morreu de forma pacífica ao lado dos seus familiares. As suas conquistas únicos como atleta e empreendedor são e continuarão inesquecíveis, o seu incansável entusiasmo pela acção, a sua franqueza e a sua coragem permanecerão como um modelo e uma referência para todos nós. Ele era um marido, um pai e um avô amoroso e carinhoso longe do público e sentiremos a sua falta", pode ler-se no comunicado da família.
Lauda passou vários anos afastado da F1 depois de terminar a carreira mas voltou nos anos 90, pela mão da Ferrari, que o convidou a ocupar o cargo de consultor técnico extraordinário. Em 2001 foi para a Jaguar para exercer o cargo de director técnico mas por lá ficou apenas dois anos.
Seguiu-se um novo afastamento entre Lauda e a Fórmula 1, que acabaria por regressar em 2012,a convite da Mercedes-AMG Petronas, para assumir a posição de director não executivo da equipa, cargo que ainda ocupava actualmente.
Lauda protagonizou um dos acidentes mais dramáticos de que há memória, quando se despistou no G.P. da Alemanha de 1976, em Nürburgring. Lauda saiu de pista logo na segunda volta e chocou de forma violenta contra os "rails" de protecção, com o Ferrari em que seguia a incendiar-se de imediato.
Lauda ficou preso dentro do carro até ser ajudado por Arturo Merzario, Brett Lunger, Guy Edwards e Harald Ertl, os pilotos que conseguiram libertar o austríaco das chamas. Porém, e apesar de ter saído do seu Ferrari consciente, Lauda sofreu queimaduras muito graves na cabeça e nos braços e entrou em coma pouco depois. Acabou por perder grande parte do cabelo e a sua orelha esquerda.
A F1 já reagiu à notícia da morte de Niki Lauda, através da conta oficial no Twitter, onde se pode ler: "Para sempre nos nossos corações, para sempre imortalizado na nossa história. Os pensamentos de todos os elementos da Fórmula 1 estão com os amigos e família".
Rest in peace Niki Lauda.
— Formula 1 (@F1) 21 de maio de 2019
Forever carried in our hearts, forever immortalised in our history. The motorsport community today mourns the devastating loss of a true legend.
The thoughts of everyone at F1 are with his friends and family. pic.twitter.com/olmnjDaefo
A McLaren, equipa com que Lauda ganhou o mundial de F1 de 1984, também reagiu, bem como a Scuderia Ferrari, equipa onde conquistou dois campeonatos.
"Todos na McLaren estão profundamente tristes por saber que Niki Lauda, nosso amigo, colega e campeão mundial de Fórmula 1 em 1984, partiu. O Niki vai ficar para sempre nos nossos corações", escreveu a equipa britânica.
All at McLaren are deeply saddened to learn that our friend, colleague and 1984 Formula 1 World Champion, Niki Lauda, has passed away. Niki will forever be in our hearts and enshrined in our history. #RIPNiki pic.twitter.com/Ndd9ZEfm6B
— McLaren (@McLarenF1) 21 de maio de 2019
"Hoje é um dia triste para a F1. A grande família Ferrari recebeu com profunda tristeza a notícia da morte do nosso amigo Niki Lauda, tricampeão mundial, duas com a Scuderia (1975-1977). Vai ficar para sempre nos nossos corações e nos corações de todos os fãs da Ferrari", escreveu a Scuderia de Maranello.
Oggi è un giorno triste per la F1. La grande famiglia della Ferrari apprende con profonda tristezza la notizia della morte dell’amico Niki Lauda, tre volte campione del mondo, due con la Scuderia (1975-1977). Resterai per sempre nei cuori nostri e in quelli dei tifosi. #CiaoNiki pic.twitter.com/srQUUeDqLw
— Scuderia Ferrari (@ScuderiaFerrari) 21 de maio de 2019
Toto Wolff, "patrão" da mercedes-AMG Petronas, também se pronunciou. "O Niki vai perdurar sempre como uma das grandes lendas do nosso desporto. A sua morte deixa um vazio na Fórmula 1. Vamos sentir a sua falta como a voz do bom senso. A nossa equipa também perdeu o seu farol".