Toto Wolff, responsável máximo pela Mercedes-AMG Petronas Motorsport, terá investido 14,4 milhões de euros em acções da Aston Martin, passando a deter 4,77% das acções da fabricante de luxo britânica.
Recorde-se que Wolff, que conta com uma participação de 30% na Mercedes F1, onde já trabalha desde 2013 e onde já somou seis títulos de construtores no Mundial de F1, é amigo de Lawrence Stroll, o líder do consórcio que acaba de pagar 237 milhões de euros por 17,7% das acções da Aston Martin.
Ainda assim, e apesar deste investimento por parte do empresário canadiano - pai de Lance Stroll e dono da equipa de F1 Racing Point, a Aston Martin atravessa dias cinzentos, situação que foi agravada pela estagnação do mercado provocada pelo novo coronavírus. Desta forma, este novo encaixe pode ser visto como uma espécie de "balão de oxigénio".
Recentemente foram muitos os rumores que davam conta da possível saída de Wolff da Mercedes, chegando-se mesmo a falar de convites para o Grupo Fórmula 1 e da Aston Martin Racing. Porém, este é um investimento realizado a título pessoal, com o próprio austríaco a admitir que não tem quaisquer planos para deixar a equipa germânica.
Recorde-se que a própria Daimler tem uma participação na Aston Martin e que a Mercedes-AMG fornece motores à marca britânica, pelo que não existe qualquer conflito de interesses. Ainda assim, já são muitas as vozes que dizem que em 2021, quando a Racing Point der lugar à Aston Martin F1 Team, será uma espécie de "equipa B" da Mercedes.
Certo, para já, é que Wolff está a negociar a extensão do seu contracto com a Mercedes F1. Lewis Hamilton, que considera essencial a continuidade de Wolff à frente do leme da equipa, está em final de contracto e muito atento a tudo isto.