Ao volante do Dacia Duster com motor a gasolina de 130 cv

A nova geração do Dacia Duster foi apresentada em Novembro de 2017 e nós fomos conhecê-la, há cerca de um ano, no Alentejo. Agora, algum tempo depois, voltámos a contactar com este modelo, desta vez um exemplar equipado com o novo motor TCe 130, bloco que já conhecemos de propostas da Mercedes, Renault e Nissan.

Além de um primeiro contacto com este motor, também ficámos a conhecer a nova Série Especial Adventure, outra novidade no SUV da marca da Roménia.

Duster ao ataque

O Duster é o segundo modelo mais vendido da Dacia, logo atrás do Sandero. Isto, por si só, já revela a importância de um modelo que conseguiu, finalmente, libertar-se das "amarras" da política das portagens do nosso país. Dito isto, as versões 4x2 deste modelo passam a ser taxadas como Classe 1.

Este é só mais um trunfo entre os muitos que o Duster tem, mas vamos por partes, primeiro vamos apresentar a grande novidade desta versão, o motor.

Motor: 4 cilindros com 130 cv

A versão que conduzimos era alimentada pelo novo motor TCe 130 a gasolina, um bloco de 4 cilindros turbo que produz 130 cv de potência (às 5000 rpm) e 240 Nm de binário máximo (às 1600 rpm).

Este motor surge associado a uma caixa manual de 6 velocidades que envia a potência para as rodas dianteiras e permite acelerar até aos 191 km/h. Quanto ao registo dos 0 aos 100 km/h, a Dacia não o revela. Ainda assim, podemos garantir-lhe que este exercício está acima dos 10 segundos.

A primeira coisa em que reparamos ao volante deste modelo é a suavidade do motor e da transmissão. A condução é feita sem esforço, quer seja em cidade ou em auto-estrada, e não é necessário estar constantemente a recorrer à caixa de velocidades.

Quanto ao rendimento do motor, podemos garantir-lhe que é muito satisfatório. É certo que ninguém está à espera que o Dacia Duster seja um automóvel performante, esse não é o seu objectivo. Ainda assim, ficámos surpreendidos com a elasticidade deste motor, que, sempre que lhe pedimos, respondeu afirmativamente.

A fabricante romena anuncia consumos médios de 7,1 litros por cada 100 quilómetros. Porém, e depois da nossa experiência ao volante, acreditamos ser muito difícil ficar próximo deste registo. Mas podemos assegurar-lhe que é relativamente fácil ficar abaixo dos 8 l/100 km.

Ao volante: "satisfaz"

A nota que atribuímos às sensações ao volante deste Duster é um "satisfaz". A posição de condução está longe de ser perfeita e é, na nossa opinião, demasiado elevada. O ecrã táctil de 7 polegadas está um pouco baixo e obriga a desviar os olhos da estrada. Por outro lado, a pega do volante é muito confortável e o manípulo da caixa de velocidades encaixa bem na mão.

Este Duster está longe de ser um automóvel dinâmico, sobretudo quando andamos mais rápido, mas, por outro lado, revelou-se bastante confortável. A "culpa" é, em grande parte, da suspensão, que absorve grande parte dos impactos. Não é fácil garantir um compromisso entre estes dois pontos e isso fica evidente nesta proposta. Para favorecer o conforto, a Dacia acabou por comprometer a dinâmica e isso fica bem visível nos movimentos da carroçaria em curva.

Habitáculo está melhor

A maior evolução do Duster aconteceu dentro do habitáculo. Os plásticos mais duros não só continuam a estar presentes como cobrem grande parte do interior. Ainda assim, regista-se uma enorme subida de qualidade face à geração anterior.

A arrumação dos comandos também merece aplausos, ao contrário da posição do ecrã táctil de 7 polegadas que serve de terminal multimédia. Já o referimos acima voltamos a repetir: está demasiado baixo e obriga a desviar os olhos da estrada durante muito tempo para o conseguir operar. Ainda assim, o sistema tem um funcionamento relativamente simples.

Série Limitada Adventure

A versão que conduzimos era a Série Limitada Adventure e isso nota-se no exterior e no habitáculo. Esta série tem por base o nível de equipamento Prestige  mas passa a contar com o Pack Look interior e exterior, jantes de 17 polegadas com o centro a vermelho, estofos e tapetes específicos, ar condicionado automático e ecrã central táctil de 7 polegadas.

Conclusão: vale a pena?

O Dacia Duster não é um SUV com uma dinâmica de excelência nem um todo-o-terreno "puro e duro". Contudo, melhorou bastante em várias áreas e conseguiu surpreender-nos. E com um preço a começar nos 19.530 euros para a versão TCe 130 Adventure, ninguém pode dizer que não é uma escolha sensata.

Ficha Técnica

Motor: 4 cilindros em linha
Cilindrada: 1.332 cc
Potência Máxima: 130 cv (às 5000 rpm)
Binário Máximo: 260 Nm (às 1600 rpm)
Velocidade Máxima: 191 km/h
0-100 km/h: N/D
Consumo médio: 7,1l/100 km
Emissões CO2: 161 g/km

+ Motor: motor TCe 130 é muito competente e forma uma boa dupla com a caixa manual de 6 velocidades.

- Plásticos: o interior continua a contar com plásticos duro, mas evoluiu bastante…

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Dacia Duster Adventure TCe 130 - em breve no @aquelamaquina #dacia #duster #daciaduster #daciaduster2019 #duster2019

Uma publicação partilhada por Aquela Máquina (@aquelamaquina) a 1 de Jul, 2019 às 3:03 PDT