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Após o sucesso do X6, a BMW apostou de novo na experiência dos SUV coupé com o X4, e reforçou os seus argumentos com mudanças estéticas e mecânicas nesta segunda geração.
O BMW X4 xDrive 30d ganhou uma motorização mild hybrid de 48 volt com uma potência extra de 11 cv a juntar aos 286 cv e 650 Nm do bloco diesel biturbo de 3.0 litros.
A ele está associado uma caixa automática de oito relações e um sistema de tracção integral, capaz de levá-lo aos 245 km/hora.
Grande, potente e muito vistoso são as principais características do renovado BMW X4 nesta variante xDrive 30d.
As linhas mantêm-se fluidas e dinâmicas, mesmo após a renovação estilística do modelo: a grelha cromada é agora maior, a dar ao conjunto um visual mais robusto.
Os faróis LED adaptativos são agora mais estreitos, e o formato e as entradas de ar no pára-choques dianteiro são diferentes, com o traseiro também a ser alvo de uma reestilização.
Se a estética exterior não passa despercebida, é quando entramos a bordo que sentimos o luxo deste SUV coupé.
O interior é de bom gosto, marcado por materiais de qualidade, mas sem cair na extravagância. Os bancos à frente e atrás são muito envolventes, próprios do grande estradista que é este BMW X4.
Com a queda acentuada do tejadilho, o espaço para os ocupantes dos bancos traseiros ficou um pouco mais apertado mas nada de demasiado grave para viajarem com todo o conforto.
E, como verdadeiro familiar que é, embora com um tom francamente mais desportivo, a bagageira apresenta-se com 525 litros de capacidade.
O ambiente tecnológico também evoluiu, marcado pelo painel de instrumentos de 12,3 polegadas num tabliê mais simples e com menos botões físicos.
O ecrã multimédia de 10,25 polegadas, que pode ser "trocado" por um de 12,3, está equipado com o sistema operativo BMW 7.0.
A marca anuncia melhorias na navegação com o BMW Maps, e mais funções para o sistema de reconhecimento de voz BMW Intelligent Personal Assistant.
"Amaldiçoadas" pelo mercado e pelas imposições regulatórias europeias, quase deixou de fazer parte das opções do condutor uma proposta alimentada a gasóleo.
E, no entanto, este BMW X4 xDrive 30d tem todos os argumentos para quem gosta de ter um carro distinto e solícito quando piso no acelerador.
O consumo médio ronda os seis litros por cada 100 quilómetros quando conduzido em modo Eco Pro, face às selecções Comfort, Sport ou Adaptative.
Na cidade, a maneira como se desembaraça no meio do trânsito é muito enérgica, bem apoiado por um binário de 650 Nm.
A direcção é mais leve, contra uma aceleração menos eficaz, a pensar na poupança de combustível, o que significa que o modo Comfort acaba por ser a opção mais racional.
Apesar dos seus 4,75 metros de comprimento, as manobras são simples e fáceis de concretizar, mesmo para estacionar em lugares mais apertados.
As duas toneladas que pesa não o impedem de acelerar de forma emotiva quando escolho o modo Sport.
E, embora a aceleração a fundo não me cole ao banco, também não deixam de ser notáveis os menos de seis segundos que demora a chegar aos 100 km/hora a partir do zero.
Sim, quando é preciso, este coupé consegue ser bem rápido, e as reduções também são muito eficazes, apoiado por um forte sistema de travagem.
Tendo em vista o conforto a bordo, a configuração da suspensão é bem mais suave do que num verdadeiro desportivo.
Nos pisos mais degradados em algumas estradas nacionais por onde passeei, a absorção das irregularidades foi quase perfeita, com o interior bem isolado dos ruídos exteriores.
O comportamento em curva, mesmo nas mais complicadas, foi admirável. A aderência é perfeita, como se quer num premium, e quase não se perde tracção às quatro rodas.
Mesmo com um centro de gravidade mais alto, não senti a carroçaria a adornar em demasia como é vulgar encontrar nos SUV, mesmo naqueles com perfil coupé como é este o caso.
Se a posição de condução mais elevada quase trava uma postura mais desportiva, também é verdade que não encontrei dificuldades de maior para me adaptar a ela.
Em condução mais viva, o consumo andou entre os sete e oito litros/100 km, o que assegura uma autonomia bem superior a 700 quilómetros com o depósito de 68 litros atestado.
Claro que, em percursos onde não estou preocupado com consumos, o BMW X4 xDrive 30d gastou bem mais do que o assinalado pela insígnia germânica.
Mesmo assim, nada de demasiado grave, mantendo-se fiel à tradição dos diesel com consumos equilibrados.
Certo é que a condução muito apurada fazem deste carro um verdadeiro gozo sobre rodas, com uma estética muito bem conseguida.
Como SUV coupé premium que é, o preço não é baixo: arranca nos 51.210 euros, com a versão ensaiada a chegar aos 108.286 euros.
Mesmo assim, face à qualidade de consumo, às prestações na cidade e na estrada, e aos consumos bem equilibrados, não deixa de ser uma opção a ter em conta.
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