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Ford Capri electrizante: 340 cv divertidos para famílias irreverentes

19:49 - 21-03-2025
 
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Quando a Ford anunciou a "recuperação" do Capri, os olhos de milhares de fordistas devem ter brilhado de alegria ao recordarem aquele "clássico" coupé desportivo.

Seria adaptado aos novos tempos como 100% eléctrico, é certo, mas ninguém terá ficado demasiado incomodado pelo regresso dum carro definidor do final dos anos 60 e de toda a década de 70 na Europa.

Pois quando o ícone foi revelado em Julho do ano passado, como coupé mas em modo SUV, nem o facto de ter tido o ex-futebolista Eric Cantona como cicerone o salvou dum chorrilho de críticas.

Traição, gritou-se alto e bom som, com os negacionistas mais radicais aos carros alimentados a electrões a desprezá-lo com um vigor fora do comum.

Nenhuma surpresa nesse sentido porque o mesmo já tinha sucedido ao Mustang Mach-E 100% electrificado, com a ligação ao pony car a fazer-se… pelo desenho dos farolins!

E, no entanto, este Ford Capri tem todos os argumentos de que precisa para fazer dele uma óptima proposta para famílias que renegam carros convencionais, como o Aquela Máquina confirmou ao volante.

Ligação ao passado só de nome

Terceiro modelo 100% eléctrico da construtora americana, depois do Mustang Mach-E e do Explorer, o Ford Capri chega à Europa para atacar um segmento onde a concorrência é mais do que acirrada.

Na sua base está a plataforma MEB do grupo Volkswagen mas com afinações específicas do chassis – molas, amortecedores e barras estabilizadoras – para uma condução mais dinâmica.

Quanto às dimensões, pode contar-se com 4,73 metros de comprimento por 2,06 de largura com os retrovisores laterais abertos, para 1,63 de altura, com a distância entre eixos a fixar-se nos 2,77 metros.

E, como familiar que se assume, a bagageira apresenta uma capacidade superior a 570 litros para arrumar tudo o que é preciso para umas férias reparadoras.

Face ao coupé a quem "rouba" o nome, a ligação percebe-se apenas na faixa preta que une os faróis, assim como os grandes blocos dos farolins… e por dentro é melhor nem fazer qualquer comparação!

O habitáculo é definido por um posto de condução em tudo idêntico ao do Ford Explorer, embora o desenho e o acabamento do volante sejam diferentes.

Os dados da instrumentação são dados através dum painel de 5,3 polegadas, com o ecrã multimédia vertical a ter 14,6 polegadas de diagonal.

De série conta-se com soluções como o sistema de navegação, carregador de telemóveis por indução, volante e bancos dianteiros aquecidos, sendo com regulação eléctrica e com massagem o do condutor.

Ainda de origem são o programador activo de velocidade com manutenção de faixa, e assistência ao estacionamento com sensores à frente e atrás, a que se junta a câmara traseira.

Incisivo a atacar as curvas

Proposto nas variantes base e Premium, dispõe de tracção traseira ou integral, com potências e baterias diferenciadas.

A entrada na gama faz-se com um propulsor eléctrico de 210 kW (286 cv) e 545 Nm passados às rodas posteriores.

A bateria NMC de 77 kWh dá uma autonomia até 627 quilómetros, que baixa para 598 no acabamento superior.

Já a variante com tracção integral oferece 250 kW (340 cv) e os mesmos 545 Nm, com a bateria NMC de 79 kWh a "dar" até 592 quilómetros de autonomia na versão base, e 560 no Capri Premium.

E foi exactamente este topo de gama que o Aquela Máquina levou para a estrada nas vias mais sinuosas (mas com alguma auto-estrada pelo meio) que servem as zonas de Mafra e Cascais.

Uma escolha mais do que acertada para confirmar as valências nesta proposta que a insígnia americana enfatiza como o mais desportivo da gama.

Pisar o acelerador a partir do zero é mais do que revigorante, anunciados que estão 5,3 segundos para chegar aos 100 km/hora, e mesmo se passa dos 2.200 quilos com duas pessoas a bordo.

E à medida que se vai acelerando (com as devidas "reduções" para negociar as curvas) ,descobre-se as qualidades do chassis, mesmo se não possui amortecimento controlado por via electrónica.

A suspensão "convencional" desenvolvida pela Ford, além do conforto geral muito correcto que oferece, acima de tudo permite uma condução dinâmica, com movimentos bem equilibrados da carroçaria.

Para tal é decisivo o centro de gravidade mais baixo e as afinações próprias dos amortecedores, a que se somam as rodas de 21 polegadas, para dar uma maior capacidade de resposta nas curvas e nas viragens.

O prazer ao volante está mais do que assegurado, e mesmo se o estabilizador lateral é mais permissivo no modo Sport, a condução está sempre bem "vigiada" pelos assistentes electrónicos para evitar exageros.

Faltam as patilhas no volante

Os 560 quilómetros de autonomia dados pela bateria de 79 kWh, recarregável a 185 kW DC, também são tranquilizadores, com os consumos a conterem-se abaixo dos 17 kWh/100 km em estradas nacionais.

Pena é, para uma condução ainda mais viva, não ter patilhas no volante para melhor regular o nível de regeneração para recuperar a energia.

Como é comum nos "eléctricos" com mais de duas toneladas, a sensação de travagem quando se pisa o pedal é demasiado suave para o que se pretende.

E accionar o modo break no selector de marchas montado na coluna da direcção não é particularmente viável (nem foi feito para isso!) e pode mesmo levar a riscos desnecessários, como acontece no Explorer.

Mesmo partilhando os pontos fundamentais daquele SUV, o Capri consegue ter uma personalidade muito própria e bem mais aguerrida, como confirma o desenho bem conseguido da carroçaria.

O comportamento em estrada apaixona pela postura dinâmica que oferece, e se mesmo os materiais a bordo sejam demasiado pragmáticos em termos de conforto, tudo está muito bem montado.

Se a entrada na gama se faz a partir dos 48.380 euros, já com despesas incluídas, o Ford Capri Premium Extended Range AWD (que designação mais comprida!) ensaiado é proposto desde os 65.720 euros.

Versátil quanto baste para assumir-se como um verdadeiro familiar, não será dos mais acessíveis ao comum dos portugueses, é certo, mas o valor justifica-se por estar totalmente equipado.

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