Apresentado pela primeira no Salão de Detroit, no início deste ano, o novo Jeep Cherokee fez a sua estreia europeia em Março, no Salão Automóvel de Genebra. Trouxe consigo várias alterações estéticas, maior conforto e acabamentos de maior qualidade.
Na gama da marca do Grupo FCA, o Jeep Cherokee posiciona-se abaixo do Grand Cherokee e acima do Compass. Tem 4,623 mm de comprimento, 1,859 mm de largura, 1,669 mm de altura e 2,705 mm. O peso está fixado nos 1.834 quilos.
Por comparação com o Compass, é 22,9 cm mais longo, 4 cm mais largo, 3,5 cm mais alto e que tenha uma distância entre eixos superior em 6,9 cm. Olhando para o Grand Cherokee, este Cherokee é 20,5 cm mais curto, 8,4 cm mais estreito, 13,3 cm mais baixo e que tenha uma distância entre eixos 21 cm mais pequena.
DESIGN. O novo Jeep Cherokee tem uma linguagem visual inspirada no novo Compass e adoptou um "look" bastante mais consensual, sobretudo porque abandonou o desenho dos faróis dianteiros bi-partidos e ganhou uma secção frontal inspirada no Compass.
Os novos grupos ópticos dianteiros, que contam com tecnologia Full LED de série, e o novo portão traseiro redesenhado (com abertura e fecho automático) podem não ser alterações radicais face ao modelo anterior, mas transformam a imagem deste SUV familiar e dão-lhe mais presença em estrada.
HABITÁCULO. O interior do Cherokee é em tudo semelhante ao do Compass, sobretudo ao nível da organização dos comandos. Destaca-se o novo desenho das saídas de ventilação, a posição de condução, os bancos muito confortáveis e a evolução ao nível dos acabamentos.
O habitáculo está maior e isso reflecte-se no espaço disponível para quem viaja no banco traseiro. Há mais espaço ao nível dos joelhos e dos ombros, sendo que a bagageira também cresceu, podendo ir até aos 570 litros.
No campo da tecnologia, destaca-se o painel de instrumentos digital de sete polegadas e o ecrã táctil de 8,4 polegadas montado numa posição central do tablier. Tal como acontece com os restantes modelos da marca, este sistema multimédia serve de terminal para o sistema Uconnect que permite espelhar tudo o que está no seu "smartphone" através dos sistemas Apple CarPlay e Android Auto.
Destacamos igualmente o volante em pele com vários comandos específicos, o sistema de som de seis altifalantes, a câmara de estacionamento traseira, o sistema de iluminação ambiente e o tejadilho de abrir panorâmico, ainda que este último seja um opcional – obrigatório, na nossa opinião – de 1.450 euros.
Este motor 2.2 turbodiesel produz 195 cv de potência (disponível às 3.500 rpm) e 450 Nm de binário máximo, disponível às 2.000 rpm. Estes números permitem uma aceleração dos 0 aos 100 km/h de 9,1 segundos e uma velocidade máxima de 205 km/h.
Este motor merece aplausos, assim como a caixa de velocidades automática de nove velocidades. Em conjunto, incentivam a um tipo de condução mais agressiva e desportiva, mas em cidade ou em auto-estrada transformam-se numa "dupla" bastante confortável.
AO VOLANTE. Apesar de se tratar de um carro pesado e de grandes dimensões, é bastante mais fácil de conduzir do que a aparência exterior promete. A direcção é bastante directa, a suspensão muito confortável e a posição de condução merece aplausos.
Numa utilização mais urbana, o Cherokee assume as funções de um veículo familiar muito cofortável e com muito espaço útil a bordo. Mas se o levarmos para troços mais divertidos, este motor, esta suspensão e esta caixa automática fazem com que a experiência seja bastante divertida. Contudo, em momento algum esta proposta deixa de ser um automóvel com enorme presença em estrada.
CONCLUSÃO. Fizemos menos de 200 quilómetros ao volante deste Jeep Cherokee Limited, mas foi suficiente para perceber que é uma proposta à medida de quem pretende um SUV familiar que ofereça conforto, espaço e... alguma emoção ao volante.
Como referimos acima, o motor 2.2 turbodiesel de 195 cv merece rasgados elogios, mas é difícil (para não dizer impossível) ficar pelo consumo anunciado pela Jeep: 6,1 litros aos 100 km. É certo que em alguns momentos adoptamos um estilo de condução mais agressiva, mas durante os dias em que estivemos com este Cherokee fizemos uma média de 9,1 litros aos 100 km. Com uma condução mais responsável, é possível ficar pelos 7 l/100 km.
Este Cherokee apresenta um "arsenal" de equipamento muito interessante, conta com acabamentos de elevada qualidade e é um SUV bastante elegante, mas outra coisa não seria de esperar, afinal estamos a falar de um SUV que começa nos 60 mil euros.
Não é barato e está num segmento repleto de opções muito interessantes, mas o veredito é muito positivo.
FICHA TÉCNICA
Motor: 2.2 TurboDiesel
Cilindrada: 2.174 cc
Potência máxima: 195 cv/3.500 rpm
Binário máximo: 450 Nm/2.000 rpm
Velocidade máxima: 205 km/h
0 a 100 km/h: 9,1 s
Consumo médio: 6,1 l/100 km
Emissões de CO2: 161 g/km
Preço desde: 60.000 euros
Versão ensaiada: 61.200,71 euros
+ CONDUÇÃO. Fizemos menos de 200 quilómetros ao volante deste Cherokee, mas chegou para perceber que se trata de um SUV com uma condução muito confortável. Mas se puxar por ele vai ter uma resposta à altura...
- PREÇO. Como não nos cansamos de referir, a fiscalidade do noss país prejudica os modelos com motores mais potentes. Ainda para mais estamos perante um Classe 2...