O novo Hyundai Tucson não é um novo modelo, mas é mais do que um simples restyling. Há uma evolução que ultrapassa o tradicional rejuvenescimento de um modelo a meio do seu ciclo de vida, e isso faz a diferença na imagem, no equipamento e até na resposta às condicionantes no campo da redução de consumos e emissões.
HABITÁCULO. A renovação na imagem da carroçaria tem uma correspondência natural no habitáculo, onde é evidente uma evolução da qualidade dos materiais (sobretudo nos que estão à vista), no desenho e ergonomia e até na funcionalidade, bem evidente no novo ecrã central ao "estilo Mercedes", pendurado na zona central do tablier. Na consola central, surgem apenas os comandos dos modos de condução (Conforto e Desportivo). O requinte não foi esquecido e as versões mais equipadas (Premium) podem ter estofos em pele com quatro cores à escolha (mais 1.100 euros).
A habitabilidade era, e continua a ser, uma mais-valia deste SUV, e isso é tão evidente no espaço interior como na bagageira, onde uma plataforma ajustável em altura permite modular o espaço, que pode ir dos 513 aos 1.503 litros com os bancos traseiros rebatidos (60:40).
O nível de equipamento Premium é mais do que completo. Mas, quanto a nós, o estribo lateral não faz sentido: em vez de facilitar, condiciona a acessibilidade e a saída do veículo.
MOTOR. Na fase de lançamento a opção passa por um motor 1.6 GDi a gasolina com 132 cv (desde 31.645 euros) e um 1.6 CRDi diesel com 116 cv e um preço promocional de 27.990 € (com o nível de equipamento Exclusive) e 29.990 € (com o nível Premium), para além de uma opção de 136 cv, cujo preço não foi divulgado na apresentação. Estes motores têm associada uma caixa manual de seis velocidades, mas os mais potentes podem contar com uma transmissão automática DCT de sete velocidades (mais 3.200 €).
Este motor (só) tem 116 cv, mas parece mais musculado, graças à resposta nos regimes mais baixos e nos intermédios, mesmo com a caixa manual de seis velocidades, honesta no escalonamento, permitindo desfrutar da dinâmica sem os habituais condicionalismos das velocidades mais altas, muito desmultiplicadas, para reduzir os consumos.
É certo que o motor 1.6 CRDI é muito sensível ao acelerador. Quando nos sentámos ao volante e vimos os consumos (pornográficos) que estavam registados, ficámos assustados. Mas, com uma condução normal, o contador começou a cair rapidamente e podemos afirmar que é possível andar na casa dos 7,0 litros/100 km com este Tucson. É um valor honesto para um modelo com 1,66 toneladas.
A renovação do Tucson não trouxe alterações ao nível do chassis, talvez porque não se deve mexer numa proposta ganhadora. O compromisso entre o conforto e a dinâmica de condução merecia, e continua a merecer, aplausos.
É fácil gostar desta proposta da Hyundai e é compreensível que este modelo seja um best-seller em termos europeus e não só...
Ficha técnica
Motor: 1.6 CRDi diesel
Cilindrada: 1 598 cc
Potência máxima: 116 cv/4.000 rpm
Binário máximo: 280 Nm/ 1.500 – 2.750 rpm
Velocidade máxima: 175 km/h
0 a 100 km/h: 11,8 s
Consumo médio: 5,0 litros/100 km
Emissões de CO2: 132 g/km
Preço desde: 29.990 € (campanha de lançamento)
+ EVOLUÇÃO. Mais espaço, qualidade dos materiais e mais tecnologia fazem a diferença num modelo que tem uma excelente relação entre o preço e a qualidade.
- FISCALIDADE. Para já ainda é Classe 2, mas a partir de Janeiro deverá ser Classe 1 e isso faz toda a diferença...