BARCELONA. "Aquela Máquina" foi à Catalunha para conhecer o novo Hyundai Kauai, que chega a Portugal em Novembro, com um preço a partir de 16.900 euros, numa campanha especial que se estende até ao final do ano e passa por um produto financeiro da marca.
É mais uma proposta para o universo dos SUV’s compactos, onde a procura é grande e a oferta não pára de crescer. Basta ver as mais recentes propostas, que vão do
Citroën C3 Aircross ao
VW T-Roc, sem esquecer o
SEAT Arona, que foram desvendadas ao longo das últimas semanas.
O Kauai surge num universo onde pontuam o Peugeot 2008, Renault Captur e Nissan Juke, um degrau abaixo do patamar onde a Hyundai pontua com o Tucson.
Portugal é o único mercado onde este modelo tem o nome Kauai, já que os restantes assumem uma designação politicamente incorrecta entre nós. Foi realizado com base numa nova plataforma e é produzido em Ulsan, o quartel-general da marca sul-coreana.
DESIGN. Com 4,17 metros de comprimento, 1,8 metros de largura e 1,55 metros de altura, tem uma imagem dinâmica, com um carácter quase desportivo, sublinhado pelas jantes de 18 polegadas integradas no equipamento de série.
O tejadilho tem uma curvatura no sentido da traseira, que assegura uma imagem estilo coupé. Mas se isso é bom em termos da elegância, já não é tão brilhante no campo da habitabilidade, condicionando a altura para os ocupantes dos bancos posteriores, um pouco a exemplo do que acontece com o Renault Captur e o Nissan Juke.
Como todos os modelos que surgiram após o sucesso do Renault Captur, a Hyundai também aposta numa alargada paleta de cores (10) e duas para o tejadilho (negro e cinzento), que permitem 28 combinações possíveis. A personalização está na moda...
HABITÁCULO. O espaço interior é bom para quatro adultos (esquecendo a altura) e apenas honesto para cinco pessoas, o que nem é uma novidade neste segmento. Volta a ser evidente o "upgrade" dos materiais, mas ele é mais evidente no que está à vista do que no que é menos visível, apesar da qualidade de construção merecer aplausos. No nosso país apenas vai estar disponível um nível de equipamento, que se pode considerar acima da média.
Se as jantes de 18 polegadas fazem a diferença no exterior, no interior a única grande diferença passa pela opção entre estofos em tecido ou pele e alcântara (300 €).
No entro do tablier destaca-se o ecrã central de oito polegadas (de série) onde apenas o sistema de nagegação é opcional (cerca de 900 €), mas os sistemas Android o CarPlay permitem associar qualquer smartphone.
A bagageira tem um volume que varia entre os 361 e os 1.143 litros, com os bancos traseiros rebatidos. É aceitável, mas fica aquém das mais modernas propostas de construtores europeus.
MOTORES. Na fase de lançamento só vão estar disponíveis dois motores a gasolina: o 1.0 Turbo de três cilindros com 120 cv e uma caixa manual de seis velocidades (16.900 € preço de campanha) e o 1.6T-GDI de 177 cv, com uma caixa automática de dupla embraiagem e tracção 4x4, muito mais dinâmico, mas menos interessante em termos de preço (29.500 €).
O motor 1.6 diesel com potências de 115 ou 133 cv só deverá estar disponível no Verão de 2018. Antes disso, é esperada uma versão 100% eléctrica que poderá vir a ter uma autonomia de 380 km.
AO VOLANTE. Guiámos e gostámos do 1.0 de 120 cv, mas temos de admitir que a uma imagem dinâmica e quase desportiva da carroçaria corresponde um modelo mais virado para as necessidades familiares.
A direcção é desmultiplicada, para reduzir o esforço. As regulações do chassis privilegiam o conforto, apesar do rolamento da carroçaria em curva ser reduzido, especialmente na proposta mais potente, que conta com um eixo traseiro multilink.
O motor 1.0 de 120 cv de potência oferece 172 Nm de binário máximo, disponível logo às 1.500 rpm. É elástico, mas não tem a genica de outras propostas disponíveis no segmento. A caixa manual de seis velocidades tem relações longas, para reduzir os consumos, e estamos convencidos que, se tivesse acoplada uma caixa de cinco velocidades a "música" seria outra, apesar de admitirmos que poderia ser mais guloso.
Ao volante, aquilo que mais apreciámos foi o conforto e a capacidade de manter ritmos de cruzeiro elevados com consumos interessantes. A Hyundai anuncia uma média de 5,3 litros, mas os 7,1 registados estão na média desta tipologia de motores. O Kauai reivindica uma velocidade máxima de 181 km/h, 12 segundos para passar de 0 a 100 km/h e anuncia emissões de CO2 de 125 g/km
O motor 1.6 turbo de quatro cilindros com 177 cv tem outra dinâmica. Por um lado o binário de 265 Nm, disponíveis entre as 1.500 e as 4.500 rotações, fazem a diferença. Depois, temos a caixa automática de sete velocidades com dupla embraiagem, que oferece três modos de condução (Comfort, Eco e Sport). Não é um sprinter virado para uma condução mais desportiva, e por isso não tem patilhas sob o volante. Mas é ágil e a tracção 4x4, com a possibilidade de bloquear o diferencial, abre as portas a algumas aventuras em maus caminhos, apesar do Kauai ser um todos-os-caminhos e não um todo-o-terreno.
Preços
1.0T-GDI
998 cc 115 cv 20.150 € (*)
1.6T-GDI
1.591 cc 177 cv 29.500 €
(*) Graças a um produto financeiro associado o preço de lançamento é de 16.900 €. A promoção é valida até ao final do ano de 2017.