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Já guiámos os novos membros da família Ford Fiesta

10:44 - 21-09-2017
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A família Ford Fiesta continua a crescer...

Em Julho, a marca americana apresentou a oitava geração de um modelo nascido em 1976 (a primeira geração não foi vendida em Portugal) e deixou claro que a gama ia crescer para garantir uma proposta com sete versões e duas carroçarias com três e cinco portas.

Na fase de lançamento surgiram os modelos mais populares. Agora foi a vez dos mais requintados, como o Vignale e o desportivo ST de três portas. Mas as coisas não vão ficar por aqui: em 2018 estão prometidos o mini SUV Active e o desportivo ST com 200 cv com um toque da Ford Performance.

DESIGN. Para além das opções de três e cinco portas, a oferta passa pelo Business, que surge na base da gama, o Titanium, o desportivo ST-Line e o requintado Vignale. À primeira vista, a forma mais evidente de os distinguir passa pelo desenho (mais simples ou mais apurado) da grelha dianteira, a imagem que faz a ponte entre as duas últimas gerações do modelo.

Os designers foram conservadores com a frente, mas mais arrojados com a forma da traseira, onde o desenho dos grupos ópticos, colocados nos extremos de uma carroçaria com 1,73 metros, dão a sensação de uma maior largura.

O perfil assume uma imagem dinâmica, vincada pelas jantes que, de série ou em opção, podem ir das 15 às 18 polegadas de acordo com o nível de equipamento. Isto é tão verdade na versão de cinco portas como nos ST de três portas, cujo carácter, mais dinâmico, é marcado pelos painéis posteriores onde "faltam" as portas que surgem na proposta familiar. Este apuro de forma marca o estilo de uma proposta que, em Portugal, não tem muitos clientes...

HABITÁCULO. A nova geração do Fiesta tem uma carroçaria mais volumosa. Mede 4,04 de comprimento, o que representa um aumento de 7 cm face ao seu antecessor. Já o eixo dianteiro está 30 mm mais largo e o traseiro cresceu 10 mm, sendo que a distância entre eixos aumentou 4 mm.

Os números não enganam e há mais espaço no habitáculo mesmo para os ocupantes dos bancos traseiros, apesar da acessibilidade nas versões ST de três portas não ser a melhor. A bagageira, com um volume que vai dos 303/292 litros a 984/1.093 litros com a configuração normal ou com os bancos rebatidos, nas versões de cinco/três portas, respectivamente, pode ser considerada honesta, mas não é uma referência no segmento.

Em todas as versões da gama há uma evolução na qualidade geral dos plásticos. Não impressiona, mas é evidente. Cada nível da gama tem forros e estofos específicos, como não poderia deixar de ser. Vão dos têxteis do "Business" à pele disponível no "Vignale", mas o nível de equipamento ainda faz maior diferença.

É certo que a Ford não está no leque das marcas onde tudo é pago à parte a partir de um preço inicial reduzido. A proposta de série é completa e vai do ar condicionado à segurança activa, mas o que realmente interessa custa dinheiro ou "obriga" a subir de escalão de equipamento...

Basta olhar para o ecrã central que varia entre 6,5 e 8,0 polegadas. Isso faz toda a diferença, porque é o interface para o sistema de comunicação e entretenimento SYNC3, fácil de utilizar, mas também para o inovador sistema de som B&O PLAY com 675 Watts de potência, nove altifalantes e subwoofer. É uma referência no campo do equipamento de som, mas custa 966 euros...

MOTORES. Para além dos motores 1.1 atmosférico de 70 e 85 cv de potência, 1.0 EcoBoost a gasolina de 100 e 125 cv e 1.5 TDCI diesel de 85 cv, surgem agora as propostas mais musculadas: o EcoBoost 1.0 Turbo de 140 cv e o diesel 1.5 TDCI de 120 cv, que chegam ao mercado nacional em Outubro.

Na apresentação da Ford não tivemos oportunidade de conduzir o novo motor diesel, apesar de toda a curiosidade inerente a esta proposta, quer pela potência anunciada, quer pelos 270 Nm disponíveis entre as 1.750 e as 2.500 rpm ou mesmo pelo consumo médio reivindicado (3,5 litros/100 km), apesar de este ser um valor que vale o que vale...

Mas, na chegada dos novos elementos da família Fiesta a Portugal, o 1.5 TDCI de 120 cv só vai estar disponível na versão Vignale de cinco portas e o preço começa nos 24.928 €.

AO VOLANTE. Neste segmento, os motores a gasolina começam a ser uma alternativa interessante (devido ao preço) num país que pensa diesel. Por isso concentrámos a nossa atenção nos 1.0 EcoBoost de 100 cv (o menos potente) e no novo 140 cv (o mais caro).

A diferença de potência é tão evidente, que o menos atento seria obrigado a senti-la. Mas não é tão clara ao nível do preço: na carroçaria ST-Line, os 40 cv custam 1.278 euros. Vale a pena?... Cada um sabe de si, mas estamos a falar de mundos "diferentes". 

A agilidade é um trunfo dos novos Fiesta, qualquer que seja a carroçaria. O chassis é eficaz e a suspensão garante um excelente compromisso entre o conforto e o comportamento dinâmico, e o motor EcoBoost já foi sobejamente elogiado.

Há uns anos atrás, um bloco de três cilindros com 1.0 litro de cilindrada, com este equilíbrio, características e performances, seria impensável, e isso já foi sobejamente aplaudido e valeu vários prémios à Ford. Mas o que interessa é a genica de um bloco vigoroso na opção de 100 cv, que ainda nos surpreende com os 140 cv. 

A proposta menos potente responde a todas as exigências de uma condução mais agressiva, mas exige algum trabalho com a caixa de velocidades para manter o regime onde "tudo acontece". Logo, obriga a esquecer que há quinta e sexta velocidades, porque elas estão mais desmultiplicadas para favorecer os consumos. Os exageros têm preço e, com um pé pesado, registámos uma média de 11,6 litros/100 km, mas admitimos que ninguém anda a estes ritmos.

Com o motor EcoBoost de 140 cv, andámos ao mesmo ritmo ou até mais depressa, e a média em pouco ou nada se alterou. A diferença não está nos mais 10 Nm de binário máximo (170 face a 180 Nm) disponíveis ao mesmo regime (1.500 rpm), mas na faixa de rotações mais ampla, que permite tirar outro partido da caixa de velocidades. Por isso, não temos dúvidas em afirmar que gostámos desta proposta.

Mas sabemos que a realidade do mercado nacional começa por apontar para os motores 1.1 Ti-VCT atmosféricos de 70 ou 85 cv, com preços desde 16.492 euros nas carroçarias de três portas e nos 16.942 nas propostas de cinco portas, com o nível de equipamento (base) "Business".

Preços

TRÊS PORTAS

Nível

Motor

Cilindrada (cc)

Potência (cc)

Preço

Business

Ti-VCT

1.098

70

16.492 €

Business

Ti-VCT

1.098

85

17.247 €

Business

Eco-Boost

998

100

17.804 €

Business

TDCi

1.499

85

20.384 €

ST-Line

Eco-Boost

998

100

18.282 €

ST-Line

Eco-Boost

998

125

19.049 €

ST-Line

Eco-Boost

998

140

19.560 €

ST-Line

Eco-Boost

1.499

85

21.421 €

CINCO PORTAS

Business

Ti-VCT

1.098

70

16.942 €

Business

Ti-VCT

1.098

85

17.247 €

Business

Eco-Boost

998

100

17.804 €

Business

TDCi

1.499

85

20.994 €

ST-Line

Eco-Boost

998

100

18.841 €

ST-Line

Eco-Boost

998

125

19.608 €

ST-Line

Eco-Boost

998

140

20.119 €

ST-Line

TDCi

1.098

85

22.031 €

Titanium

Ti-VCT

1.499

85

17.928 €

Titanium

Eco-Boost

998

100

20.313 €

Titanium

Eco-Boost

998

125

19.252 €

Titanium

TDCi

1.499

85

21.675 €

Vignale

Eco-Boost

998

100

20.874 €

Vignale

Eco-Boost

998

125

21.641 €

Vignale

Eco-Boost

998

140

22.152 €

Vignale

TDCi

1.499

120

24.928 €

Está disponível uma caixa automática nas versões de cinco portas Titanium e Vignale, associada ao motor 1.0 EcoBoost de 100 cv, com um acréscimo de preço na casa dos 2.600 €.

 

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