"AQUELA MÁQUINA" esteve em Novembro em Londres para conhecer a segunda geração do Land Rover Evoque e agora estamos na Grécia para guiar o novo SUV britânico que está a chegar a Portugal nas opções diesel e a gasolina com caixa automática e tracção total permanente. O diesel 2.0 D4 4x2 (o único com caixa manual) só estará disponível no Outono.
DESIGN. A volumetria da carroçaria do novo Evoque é semelhante, mas a imagem evoluiu muito no caminho da elegância. Surge no seguimento do que já conhecemos no Velar e isso é tão evidente no apuro da forma como nas tomadas de ar dianteiras ou a grelha frontal, para além dos mais pequenos detalhes da carroçaria.
Apesar da evolução na forma, o Evoque manteve o carácter vincado pela linha descendente do tejadilho, no sentido da traseira, e na linha de cintura elevada. A nova geração só conta com carroçarias de cinco portas, porque a marca de Solihull descontinuou a proposta coupé de três portas.
HABITÁCULO. A imagem do interior evoluiu tanto ou mais do que a da carroçaria, e novamente voltamos a ter a referência do Velar que inspirou um habitáculo mais elegante, funcional e confortável, para além do requinte que pode chegar até onde o cliente quiser pagar no caminho para mais luxo. O ecrã central "Touch Pro Duo" funciona como um interface para comandos relacionados com a condução, que retiraram botões da consola central, e o info-entretenimento, onde há um grande upgrade face ao "velho" Evoque.
Alterações no desenho da suspensão multilink traseira (outra herança do Velar) ajudaram a dilatar o volume da bagageira em 10% para garantir 590 litros.
MOTORES. A Land Rover manteve a sua proposta de motores diesel e a gasolina e oferece três opções em cada um dos casos. Todos têm 2.0 litros de cilindrada e são sobrealimentados. No campo dos diesel há potências de 150, 180 e 240 cv e nos gasolina de 200, 250 e 300 cv.
No mercado nacional, apenas o menos potente dos diesel pode contar com uma caixa manual de seis velocidades e tracção 4x2. Os restantes estão equipados com a automática de nove velocidades e têm tracção 4x4.
Contam com uma hibridização ligeira ("mild-hibrid") MHEV alimentada por um sistema de 48 Volts, com o motor de arranque e o alternador associados e uma bateria capaz de recolher a energia recuperada nas desacelerações e travagem para garantir um "boost" suplementar no arranque e nas reacelerações.
A Land Rover anunciou uma maior rigidez estrutural, uma evolução da suspensão dianteira e no eixo traseiro multilink e um centro de gravidade mais baixo. Tudo isto contribui para uma melhoria no comportamento dinâmico, sobretudo na estabilidade direccional em asfalto. Há menos rolamento e isso permite andar mais depressa (sem sustos) com as versões mais potentes.
Mas o conforto oferecido não foi beliscado. Continua a ser um atributo do Evoque, mesmo nas propostas mais equipadas com jantes que podem chegar às 21 polegadas, o mesmo é dizer "saltos altos" para um veículo que continua a ser um fora-de-estrada.
Há dois sistemas de tracção, que variam com a potencia dos motores: "Driveline Disconnect", onde o veículo começa por ser um "tudo-à-frente", porque a tracção 4x4 só entra ao serviço se as condições de aderência o exigirem, e "Active Driveline", associado aos motores mais potentes. O funcionamento é semelhante, mas um sistema de embraiagem multidisco no diferencial traseiro permite repartir a tracção entre as duas rodas para potenciar a tracção.
Mas há mais: o "All Terrain Progress Control" (só com transmissão automática) é outro trunfo. Permite manter uma velocidade estabilizada em grandes subidas ou descidas impressionantes, onde o condutor apenas tem que virar o volante. Por tudo isto, é fácil perceber que o Evoque está mais elegante do que nunca e ainda mais polivalente...