A quarta geração do Mazda 3 chega a Portugal em Março. Está mais elegante e estão disponíveis novos motores a gasolina e diesel.
DESIGN. O estilo não se alterou, mas o novo Mazda 3 está mais apelativo do que nunca com um design onde a simplicidade da forma é o grande trunfo. O capot longo, bem característico dos modelos da marca de Hiroshima, que surge aliado a uma linha de cintura elevada marcada por formas suaves e pelo tejadilho descendente no sentido da traseira onde surge uma asa volumosa, marcam o carácter desportivo.
HABITÁCULO. Em termos de volumetria não há diferenças sensíveis, o mesmo acontecendo com a distância entre-eixos. Por isso são poucas as alterações no campo do espaço interior, especialmente para os ocupantes dos lugares traseiros que é apenas honesto.
O mesmo acontece com a bagageira com 364 litros que podem chegar aos 1.263 litros com os bancos rebatidos. O porta-bagagens não é uma referência no segmento onde outros concorrentes propõem mais espaço. O tejadilho descendente, que merece aplausos no campo da forma, não é a melhor solução para garantir a acessibilidade.
A grande evolução passa pela imagem do interior onde é evidente um salto em frente no campo da qualidade percebida, da elegância e da ergonomia. A qualidade de construção e dos materiais é inquestionável. O design está mais alegre e moderno, com alguns elementos cromados de bom gosto, especialmente no volante.
O painel de instrumentos digital é funcional e o novo head up display uma mais-valia. Na consola central há menos comandos e um botão giratório facilita a utilização do novo ecrã central de 8,8 polegadas orientado para o condutor, a exemplo do que acontece com os BMW.
Também houve um up-grade na conectividade, que permite associar qualquer smarthphone ao sistema de info-entretenimento.
MOTORES. A Mazda tem duas novas propostas de motores. Por um lado o bloco 1.8 diesel de 116 cv e por outro o 2.0 a gasolina de 122 cv, um "mild" (ligeiro) híbrido onde uma pequena bateria permite recolher a energia das desacelerações e travagens.
A marca de Hiroshima não adianta qualquer valor para a economia de combustível que o sistema pode garantir, limitando-se a referir que ele garante um pequeno "boost" no arranque e nas reacelerações.
AO VOLANTE. Não é necessário andar muitos quilómetros para perceber a evolução no interior deste Mazda 3 e isso é bem evidente na boa posição de condução, que pode ser regulada com diversas regulações no banco e no volante.
Em termos de motores há semelhanças e diferenças que importa pesar antes de tomar uma opção. Por um lado, há apenas seis cavalos de diferença na potência entre as duas propostas e os consumos que registámos (7,6 l/100 no diesel e 7,8 l/100 km no gasolina). Por outro, é evidente que a opção a gasóleo é mais dinâmica nos regimes intermédios, onde tem uma resposta mais rápida.
O motor a gasolina é algo anémico abaixo das 2.000 rpm, apesar de ser ágil e rápido acima das 3.500 rpm. Tudo muda de figura com a caixa automática (disponível em opção) mas ela custa mais cerca de 2.000 euros. A grande diferença passa pelo preço. Neste campo a vantagem do gasolina é inquestionável. Custa menos 4.000 erros e isso é dinheiro…
Em termos de chassis temos que considerar que o novo Mazda 3 é ágil e dinâmico. É certo que a suspensão traseira com molas helicoidais não é a solução mais apurada no campo da tecnologia. Mas, mesmo assim, o equilíbrio entre o comportamento e o conforto é muito interessante e isso é muito importante num veículo que sendo um familiar também se quer afirmar pelo dinamismo.
PREÇOS:
Gasolina
Skyactiv G 2.0 Evolve – De 26.410 € a 32.489 €
Skyactiv G 2.0 Excelence – De 31.757 € a 34.600 €
Diesel
Skyactiv D 1.8 HB Evolve – De 30.305 € a 35.738 €
Skyactiv D 1.8 HB Excelence – De 35.616 € a 38.364 €