É um verdadeiro passo em frente no futuro da Opel, com o Mokka a ser o ponta de lança da marca germânica.
O Aquela Máquina já esteve ao volante do crossover nas ruas de Lisboa e nas estradas mais sinuosas da serra de Monsanto, e as primeiras impressões são francamente positivas.
No breve teste comparativo estiveram o Mokka-e 100% eléctrico, com a linha Ultimate, e o Mokka 1.2 turbo da linha GS Line com caixa automática de oito velocidades.
O crossover estreia à frente a nova linguagem estilística Vizor, que será comum aos futuros modelos, com umas linhas bem traçadas e bastante atraentes.
No interior destaca-se o cockpit Pure Panel digital perfeitamente integrado no tabliê, também a revelar nova filosofia estilística da marca.
O painel de instrumentos tem um ecrã que pode ir 12 polegadas, enquanto o visor táctil de infoentretenimento pode chegar às dez polegadas.
Mesmo que não pareça um carro de família, qualquer uma das versões está concebida para transportar cinco pessoas de forma confortável.
Para essa ideia contribuem os 2,56 metros de distância entre eixos, para 4,15 metros de comprimento e 1,79 metros de largura, sendo a altura de 1,53 metros.
A bagageira tem 310 litros de capacidade no Mokka-e, e 350 litros no seu equivalente com motor de combustão. Com os bancos traseiros rebatidos, a capacidade na versão eléctrica sobe para os 1.060 litros, e 1.105 litros no Mokka 1.2 Turbo.
Já na estrada com o Mokka-e, o motor eléctrico de 100 kW, alimentado por uma bateria de 50 kWh, mostra-se muito dinâmico na condução, especialmente em ambiente urbano.
A entrega da potência é muito suave, mesmo quando está no modo de condução Eco: basta pisar ao de leve o acelerador para ganhar velocidade de imediato.
Esta é a função mais acertada para circular na cidade, ao manter ou mesmo ultrapassar os 324 quilómetros de autonomia, com a função Normal a privilegiar a estrada aberta.
No modo Sport ganham-se os 136 cv do motor eléctrico para chegar aos 150 km/hora de velocidade máxima. Carregando no acelerador de forma mais enérgica, a oferta de potência é praticamente imediata.
Apreciámos o bom nível de conforto dos bancos e a insonorização acústica, nesta condução mais viva, assim como as acelerações e as travagens quase sem vibrações.
Há um bom compromisso entre a suavidade com que se rola na estrada e as boas sensações que se retiram da condução, dinâmica e divertida quanto baste.
A mesma ideia é passada pelo Mokka 1.2 turbo de 130 cv "vestido" com a linha desportiva GS Line.
Claro que as passagens das oito velocidades pela caixa são sentidas de forma mais brusca, como é normal num motor a gasolina, em relação ao "irmão" eléctrico.
Em contraponto, sente-se mais emoção ao volante, é verdade, principalmente ao sentirmos a engrenagem das velocidades.
As recuperações, no entanto, são mais lentas do que no Mokka-e, o que também não é nenhuma surpresa. A direcção, como na versão eléctrica, é muito intuitiva e a suspensão absorve bem as imperfeições da estrada.
Ressentiu-se mais um pouco, contudo nos pisos mais irregulares e sinuosos de Monsanto, mas nada de demasiado grave; a condução também foi mais directa do que é normal conduzir-se.
A direcção é muito intuitiva e a suspensão absorve bem as imperfeições da estrada, embora se tenha ressentido um pouco nos pisos mais irregulares, mas nada de demasiado grave.
Em jeito de conclusão, quer o Opel Mokka-e 100% eléctrico, quer a variante a gasolina com o bloco 1.2 turbo de 130 cv oferecem uma condução dinâmica e divertida.
A estética geral do crossover está muito bem conseguida, e os consumos são muito positivos. A versão eléctrica consome 17,4 kWh por cada 100 quilómetros, enquanto que para a mesma distância, a variante a gasolina apresenta consumos de 5,6 litros.
As encomendas para o novo Opel Mokka estão já abertas, com preços a partir dos 21.100 euros nas versões com motores térmicos, e desde 36.100 euros para o "eléctrico".
Potência: 100 kW / 136 cv
Binário: 260 Nm
Bateria: 50 kWh
Velocidade máxima: 150 km/hora
Aceleração 0-100 km/h: 9 segundos
Consumo combinado: 17,4 kWh/100 km
Autonomia: 324 km
Potência: 130 cv às 5.500 rpm
Binário: 230 Nm às 1.750 rpm
Velocidade máxima: 202 km/hora
Aceleração 0-100 km/hora: 9,1 segundos
Consumo combinado: 5,6 litros/100 km
Emissões de CO2: 125 g/km
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