O novo Peugeot Rifter é uma excelente proposta para famílias numerosas e para quem necessita de muito espaço. Para alguns, pode ter uma carga negativa por ser realizado a partir do Partner comercial, mas tem todos os argumentos para afirmar uma nova reputação num universo que fica a meio caminho entre monovolumes e SUVs.
HABITÁCULO. O estilo exterior tem uma correspondência natural com a evolução da imagem interior, onde é visível um grande salto ao nível da qualidade geral de construção e até dos materiais, embora a Peugeot pudesse ter ido um pouco mais longe.
O moderno e funcional i-cockpit está presente, apesar do painel de instrumentos ter um aspecto sóbrio, mas o ecrã central táctil pode chegar até às oito polegadas e reúne o comando de diversas funções associadas à condução, bem como o info-entretenimento.
O desenho do novo tablier altera radicalmente o estilo do Rifter. Um enorme porta-luvas e um sem-fim de porta-objectos aumentam a funcionalidade de um modelo que poderá ter cinco ou sete lugares, seja na carroçaria normal (4,40 metros) ou na versão longa (4,75 metros). Os bancos suplementares são amovíveis.
O porta-bagagens garante um volume de 775 litros na configuração de cinco lugares, mas pode crescer até aos 3.000 litros com os bancos traseiros rebatidos, chegando aos 4.000 litros na versão mais longa.
Por um lado, temos os 1.2 PureTech de três cilindros a gasolina com 110 ou 130 cv, e por outro os diesel 1.5 BlueHDi de 75, 100 e 130 cv. Os blocos mais potentes podem contar com a caixa automática EAT8 de oito velocidades.
AO VOLANTE. Guiámos o diesel 1.5 BlueHDi de 130 cv que, graças aos seus 300 Nm de binário, mostra uma grande elasticidade nos regimes intermédios. Apesar da carroçaria volumosa, o rolamento da carroçaria não é exagerado e a evolução na direcção contribuiu para a agradabilidade da condução.
Podemos admitir que este Rifter é capaz de fazer jogo igual com alguns SUV’s e monovolumes. É certo que a nova suspensão dianteira contribui para o bom equilíbrio e estabilidade direccional, apesar de a traseira, menos elaborada para permitir garantir grandes volumes de carga e peso, acabar por ser um pouco saltitante em pisos mais degradados. Mas isso acaba por não beliscar o conforto.
O 1.2 PureTech de 120 cv pode ser um gasolina, mas tem uma grande elasticidade nos baixos regimes e é bem agradável de conduzir. É capaz de realizar consumos semelhantes aos do 1.5 BlueHDi de 130 cv, numa condução normal, mas estes valores sobem rapidamente com os ritmos mais elevados.
EM PORTUGAL. O novo Peugeot Rifter chega a Portugal em Novembro. De início, apenas na versão de carroçaria mais longa e na versão de sete lugares, as restantes surgirão progressivamente. Com este espaço temporal ainda é cedo para falar em preços, mas é seguro que será ligeiramente mais caro do que o "primo" Citroën Berlingo.