LOS ANGELES. "Aquela Máquina" esteve na Califórnia e já guiou os protótipos dos novos Range Rover híbridos que vão chegar ao mercado na próxima Primavera.
O P400e PHEV vai estar disponível nas gamas Range Rover e Range Rover Sport e estivemos entre os primeiros que puderam conhecer as novas propostas da Land Rover no campo da mobilidade eléctrica.
O carregamento das baterias, através de uma tomada de corrente escondida na grelha dianteira, demora 2h 45m com uma "wallbox" específica de 32 amperes ou 7h 30m numa tomada de corrente normal.
A potência combinada chega aos 404 cv, o valor mais elevado para qualquer dos Range Rover de série (os SVO não fazem parte desta história). Os 640 Nm de binário também impressionam, mas a este nível o 4.4 SDV8 oferece 740 Nm.
CONDUÇÃO "À LA CARTE". O condutor pode optar por vários modos de condução. À partida, o P400e PHEV assume a opção "Parallel Hybrid", que associa o motor de combustão interna e o eléctrico para maximizar a relação entre performances e economia.
Quem permitir que o seu Range Rover gaste toda a energia das baterias fica dependente da resposta do motor 2.0 Turbo, que não tem nada a ver com os V6 e V8 a que um cliente da marca está habituado. Por isso, seleccionar o "Save Mode" é a solução: impede que a carga das baterias desça abaixo de um nível desejado.
AO VOLANTE. Guiámos os Range Rover e o Range Rover Sport, que a Land Rover assumiu como protótipos "que ainda vão evoluir antes da entrada em produção", como nos disseram e não temos dúvidas em assumi-lo.
Basta olhar para as diferenças entre os protótipos do Sport e do Range Rover que tivemos oportunidade de conduzir. O Sport mostrou mais dinâmica porque está num nível evolutivo superior ao que será atingido pelo Range Rover.
Mas de uma coisa não há dúvida: estes Range Rover podem ter dado um passo em frente no campo da tecnologia e no ambiente da mobilidade eléctrica, mas não perderam nenhuma das características que fazem da marca uma referência no universo dos SUV.
CONDUÇÃO "TT". Admitimos que nunca tínhamos imaginado um Range Rover ligado a um cabo de corrente, mas mesmo este híbrido é um 4x4 da verdade. Enfrentámos um percurso desafiante e, se este é um híbrido, nenhuma das outras características se perdeu ao nível do chassis ou das ajudas de condução, que abrem as portas dos piores caminhos aos menos experientes.
É certo que há algumas diferenças que só alguns "picuinhas", como nós, vão dar por elas. Nas grandes descidas, onde o "Hill Descent Control" é o trunfo criado pela Land Rover, havia um trabalho conjunto entre o efeito travão/motor e a electrónica.
Neste caso tudo é diferente: em descida não há travão/motor porque a energia é aproveitada para recarregar as baterias. Por isso, os travões têm um stress suplementar. Tudo funciona da mesma forma mas é apenas a travagem que assume a responsabilidade e isso acaba por ser audível. Pode ser diferente, mas continua a ser eficaz e isso é o que interessa...