É um dos sete finalistas a Carro do Ano 2024 do nosso país e com argumentos que explicam a sua escolha.
O novo Toyota C-HR prossegue na senda de sucesso iniciada em 2016 com a primeira geração do crossover… e sempre em modo 100% híbrido!
Mais sedutor do que nunca, adopta à frente os traços afilados mas particularmente agressivos do Prius.
A traseira, mais inclinada do que nunca, é também decisiva para esta nova modernidade, quase como se fosse um protótipo de produção.
Mais curto em 3 cm do que o antecessor, para os 4,36 metros, no entanto, é mais largo (1,83 metros) e mais baixo (1,56 metros).
O que não muda mesmo são os 2,64 metros de distância entre eixos, a tentar conciliar uma boa habitabilidade com um visual tão dinâmico.
Mesmo assim, há espaço atrás suficiente para acomodar três adultos, embora o do meio possa sentir-se algo apertado.
A bagageira também ganhou mais dez litros face ao modelo que agora substitui, passando para os 388 litros de capacidade.
Há uma nítida evolução na qualidade dos materiais e nos acabamentos mas, em termos estéticos, o desenho interior não segue a audácia das linhas exteriores.
O tabliê redesenhado recebe um painel de instrumentos de 12,3 polegadas com três configurações, e um ecrã multimédia que pode ser do mesmo tamanho.
Compatível com Android Auto e Apple CarPlay sem fios, admite actualizações remotas, mas as funções mais vulgares estão disponíveis em botões físicos.
Quanto aos auxiliares à condução, o C-HR conta com a versão mais recente mais recente do sistema Safety Sense da Toyota.
Novidade é o sistema de controlo a baixa velocidade, que atrasa a aceleração repentina ou errada caso haja risco de colidir com o veículo da frente.
Disponível, por agora, apenas na versão 140H, combina um bloco de 1.8 litros a um motor eléctrico para uns combinados 140 cv.
Mais uma vez, o desenho dinâmico do crossover convida a maior poder de fogo mas esta potência é mais do que suficiente para um uso quotidiano.
A velocidade máxima está "limitada" nos 170 km/hora, demorando quase dez segundos a cumprir os zero aos 100 km/hora.
Todavia, sendo um híbrido, tem na poupança de combustível o seu maior trunfo sem perder a agilidade quando é necessário pisar o acelerador com mais força.
As transições entre ambos os propulsores são subtis e facilmente se conseguem consumos em redor dos cinco litros/100 km em ambiente urbano.
Bem isolado ao nível acústico, o barulho do motor em gasolina mal se faz ouvir, o que já não acontece quando se entra em estrada aberta.
A caixa automática CVT continua a ser um problema nesta mecânica híbrida, obrigando o motor térmico a soltar gemidos que roçam o irritante.
Felizmente, não é difícil descobrir o ponto de aceleração em que ela "sobe" para uma relação superior, o que torna a condução muito mais agradável aos ouvidos.
No percurso realizado pela região de Mafra, com uma rápida incursão por uma estrada em terra batida, não se portou nada mal.
Sente-se um progresso significativo no comportamento do crossover, com os movimentos laterais a serem contidos graças à adopção de novas suspensões.
A condução é eficaz embora se sinta a falta de alguma sensibilidade na direcção, mas em todo o caso, o amortecimento é de alto nível.
Os consumos continuam a ser contidos, embora à velocidade máxima legal na auto-estrada acabem por subir com alguma substância.
Mesmo assim, não é difícil mantê-los abaixo dos seis litros por cada centena de quilómetros percorridos, que descem para os cinco litros numa estrada nacional.
Focado no estilo e na tecnologia a bordo, o preço final do Toyota C-HR cresceu face ao antecessor mas não de forma tão excessiva face ao que é oferecido.
A sua maior qualidade continua a ser a contenção nos gastos de combustível, mantendo a fiabilidade por que os modelos da marca são reconhecidos.
Disponível no nosso país desde o final do ano, a versão Comfort guiada pelo Aquela Máquina, e que dá entrada à gama, arranca nos 36.900 euros.
De série pode contar já com faróis LED, ar condicionado automático bizonal zonas, câmara traseira, cruise control adaptativo e jantes de 17 polegadas.
Segue-se o nível de equipamento Square Collection, a partir dos 40.800 euros, com o Lounge a iniciar-se nos 43.600 euros.
O topo de gama é assumido pelo nível GR Sport Premiere Edition, a assumir a sua exclusividade por 54.250 euros.
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