Um dos ponta de lança da Volkswagen foi agora inteiramente renovado para manter a aura dos adeptos dos crossovers compactos.
Cinco anos passados sobre a chegada ao mercado, o T-Cross foi apresentado oficialmente na última semana na sede da SIVA na Azambuja.
Para lá da bem-vinda renovação estética, a distingui-lo está uma importante actualização tecnológica e mais equipamento de série logo na entrada da gama.
O SUV mais pequeno da marca germânica, que foi ensaiado pelo Aquela Máquina, já revelou os preços para os quatro níveis de acabamento.
O primeiro piscar de olhos aos fãs do Volkswagen T-Cross está nos novos tons Grape Yellow, Clear Blue Metallic e Kings Red Metallic para a carroçaria.
Qualquer uma das cores realça as mudanças introduzidas à frente e atrás, reflectidas nos novos faróis Matrix LED IQ.Light para os níveis mais equipados.
O novo pára-choques, mais robusto e refinado, dá um impacto visual superior ao modelo, também realçado pelo capô nervurado e pelos faróis LED.
Atrás, a assinatura luminosa dos farolins foi retocada, assim como o pára-choques e os reflectores no difusor.
Com estas alterações, é de lado que se percebe melhor que o T-Cross cresceu 27 mm, chegando agora aos 4,14 metros de comprimento.
A capacidade da bagageira varia dos 385 aos 455 litros com o avanço longitudinal dos bancos traseiros em 14 centímetros.
Num rápido vislumbre ao habitáculo, percebe-se um tabliê totalmente redesenhado, seguindo a filosofia estética das propostas mais recentes da Volkswagen.
Os estofos e os revestimentos são mais macios nos níveis T-Cross e Urban, sendo obviamente de maior qualidade nos acabamentos Style e R-Line.
O painel de instrumentação digital é de série em todas as versões, embora o visor varie entre as oito e dez polegadas em função do nível de equipamento.
O mesmo acontece com o ecrã táctil de infoentretenimento, que pode ser de oito ou 9,2 polegadas.
Soma-se ainda um sistema de ar condicionado manual de série, com o opcional Air Care Climatronic a incluir controlos tácteis deslizantes e retroiluminados.
Novidade nos assistentes de apoio à condução é o Travel Assist conjugado com a manutenção de faixa.
Sem contar com qualquer hibridação, o T-Cross é proposto com o bloco TSI de 1.0 litro a gasolina, nas variantes de 95 cv e 175 Nm, e de 115 cv e 200 Nm.
A variante menos potente está disponível nas linhas T-Cross e Urban com caixa manual de cinco relações.
É a partir do segundo nível de equipamento, a que se somam as linhas Style e R-Line, que ganha uma transmissão manual de seis velocidades ou automática DSG de sete relações.
Ao Aquela Máquina calhou o T-Cross Urban com 95 cv de potência, que será porventura a proposta mais equilibrada da gama pelo preço e pelo equipamento.
A primeira boa impressão é dada pela posição do condutor subtilmente elevada e a boa visibilidade exterior, tão típicas nos SUV urbanos.
As saliências curtas e o bom raio de viragem facilitam a condução no trânsito, e o estacionamento em espaços pequenos fazem dele uma proposta ideal na cidade.
A caixa manual de cinco relações está bem escalonada (que falta faz a sexta!) e a travagem eficaz dão ao condutor uma sensação de maior controlo e segurança.
O motor de três cilindros não transmite demasiadas vibrações a habitáculo, com as reinicializações do sistema Stop & Start a serem quase imperceptíveis.
Se na cidade pouco há a apontar negativamente sobre a sua agilidade no trânsito, em estrada aberta percebem-se as limitações deste bloco TSI menos potente.
Afinal, são apenas 95 cv , mais apontados aos consumos contidos do que ao dinamismo. Mesmo assim não se portou nada mal no curto ensaio feito nas zonas urbanas da região e nas vias rurais que circundam Valada do Ribatejo.
O chassis bem afinado e o bom amortecimento, nivelado mais no pragmatismo do que no conforto absoluto, tornam-no muito agradável em tiradas mais longas.
Também o controlo suave dos movimentos da carroçaria em curva o distingue, com o condutor bem preso ao banco à conta dos bons apoios laterais.
Não houve espaço para acelerar até aos limites legais mas deu para perceber que o comportamento é relaxante, com o nível de ruído a bordo bem controlado.
Claro que, para "agitá-lo" quando a estrada o pede, é preciso pisar com mais força o pedal de aceleração, correndo o risco de fazer disparar o consumo.
Se em condições normais é possível mantê-lo nos seis litros por cada 100 quilómetros, depressa chega aos oito litros numa condução mais dinâmica.
A condução semi-autónoma mostrou-se um auxiliar valioso para quem aprecia este tipo de assistência, com os alertas sonoros a serem menos intrusivos.
Uma certeza é que o Volkswagen T-Cross mantém todos os atributos que fazem dele um dos crossovers mais conseguidos face à concorrência mais directa.
Com a entrada na gama a fazer-se a partir dos 23.490 euros, o primeiro nível de acabamento T-Cross beneficia de uma campanha de lançamento que o coloca nos 21.900 euros.
Equipamento | Potência / Binário | Transmissão | Preço |
T-Cross | 95 cv / 175 Nm | Manual 5 Velocidades | 23.490 euros |
Urban | 95 cv / 175 Nm | Manual 5 Velocidades | 25.962 euros |
Urban | 115 cv / 200 Nm | Manual 6 Velocidades | 28.194 euros |
Urban | 115 cv / 200 Nm | Automática DSG 7 Velocidades | 30.184 euros |
Style | 115 cv / 200 Nm | Automática DSG 7 Velocidades | 32.838 euros |
R-Line | 115 cv / 200 Nm | Automática DSG 7 Velocidades | 33.917 euros |
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