Preston Henn, um milionário americano, antigo piloto e coleccionador de automóveis, não aceitou a "nega" da Ferrari quando tentou comprar um dos LaFerrari Aperta que será apresentado no Salão Automóvel de Paris em Setembro.
É sobejamente sabido que a Ferrari escolhe os clientes das suas série limitadas, que só podem ser adquiridas por quem a marca decide e não por quem tem dinheiro para as pagar. Mesmo assim, Preston Henn enviou para Maranello um cheque no valor de um milhão de dólares, em nome de Sergio Marchionne (o patrão), acompanhado por uma carta em que expressava o seu amor pela Ferrari.
O cheque foi devolvido e uma curta carta referia que todos os modelos já estavam vendidos. Em face disto, o americano avançou para os tribunais, pedido uma indemnização de 75 mil dólares por perdas e danos, argumentando que foi posto em causa com a recusa da Ferrari.
De acordo com os argumentos dos advogados de Preston Henn, a recusa da Ferrari
"afecta a sua reputação e coloca-o num situação de ridículo, retira-lhe respeito e reputação em termos profissionais, negócios e credibilidade entre amigos, parceiros de negócios e nas relações sociais". O texto inclui ainda os Ferrari que Preston Henn reuniu desde 1960, uma lista impressionante onde figuram modelos como o F40, F50, Enzo, LaFerrari, 458 Speciale, 275 GTB, Daytona Spyder e um Fórmula 1 de Michael Schumacher.
As cenas dos próximo capítulos vão decorrer em tribunal, mas não são uma brincadeira para a Ferrari. O mercado americano é fundamental para a marca italiana e as regras do jogo estabelecidas em Maranello podem não convencer os juízes americanos, um país onde os precedentes fazem jurisprudência. Este não um caso ímpar, e se a Ferrari for condenada a sua estratégia de amizades está comprometida.