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Mais de 2.150 condutores ficaram com o título de condução cassado desde a entrada em vigor do sistema de carta por pontos em Junho de 2016.
Os dados foram esta quinta-feira avançados no relatório da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) referente a Junho deste ano.
Para além daqueles 2.152 automobilistas, o número de condutores que perderam pontos na carta de condução foi de 428,6 mil até ao final daquele mês.
A ANSR assinala ainda no relatório que os condutores apanhados com álcool tiveram "um aumento muito expressivo" no primeiro semestre deste ano.
É a única infracção a registar um aumento face ao mesmo período de 2021, as infracções subiram quase 70% e as detenções mais de 80%.
"A condução sob o efeito de álcool evidenciou um aumento expressivo (+69,3%), em grande medida como consequência da queda acentuada do ano anterior".
Segundo a ANSR, nos primeiros seis meses do ano foram multados 15.412 condutores por condução sob o efeito de álcool. Durante o mesmo período de 2021, assinala o relatório, foram registadas 9.103 infracções.
A ANSR destaca também que os condutores detidos por excesso de álcool aumentaram 81,9% entre Janeiro e Junho. Nesses seis meses, houve 8 748 detenções, contra as 4.809 registadas no mesmo período de 2021.
O relatório dá conta que, nos primeiros seis meses, foram fiscalizados 60,3 milhões de veículos, quer presencialmente, quer por meios automáticos
É um aumento de 10,5% em relação ao período homólogo de 2021, apesar de GNR, PSP e Polícia Municipal de Lisboa registarem decréscimos de 2,0, 7,5 e 66,1%, respectivamente.
O documento salienta o crescimento de 13% no sistema de radares SINCRO gerido pela ANSR. Foram detectadas 495,3 mil infracções, o que representa um decréscimo de 10% face ao ano anterior.
Todavia, o sistema de radares da responsabilidade da ANSR registou um aumento de 20,2% no número de infracções, num total de 186.954 autos, sendo mais de metade das infracções (57%) correspondente ao excesso de velocidade.
As autoridades registaram 284.285 autos no primeiro semestre, menos 9,4% face a período homólogo de 2021. "Verificou-se uma diminuição em quase todas as tipologias de infracção", indica o relatório.
Realça-se menos 18,9% pela utilização do telemóvel, menos 16,6% pela não utilização de sistemas de retenção para crianças e menos 9,4% pelo excesso de velocidade, com a condução sob o efeito de álcool a evidenciar um aumento muito expressivo.
Segundo a ANSR, a criminalidade rodoviária, medida em número total de detenções, aumentou 37,1% no período de Janeiro a Junho de 2022 por comparação com 2021, atingindo 16,1 mil condutores.
Do total, 54,3% deveu-se à condução sob o efeito do álcool, seguindo-se 34% por falta de habilitação legal para conduzir.
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