O BMW 507 é um dos modelos mais icónicos da história da marca da Baviera. Nascido nos anos 50, numa época em que a BMW ainda vivia (e sofria!) as consequências da II Guerra Mundial, foi criado para voltar a colocar no mapa uma marca que estava algo descredibilizada perante o mercado automóvel.
O seu design elegante não deixou ninguém indiferente, mas tinha um preço insuportável para a grande maioria das pessoas de uma Alemanha pós-guerra. Como tal, a solução da BMW foi virar atenções para o outro lado do Atlântico. E a verdade é que o este roadster impressionou o público norte-americano, quer pelo design quer pelo nível de performance que já conseguia.
Mas mesmo assim, este 507 não passou de um modelo promissor, pelo menos ao nível das vendas. É que apesar de ter feito com que as pessoas olhassem para a BMW como uma marca capaz de produzir verdadeiros desportivos, sempre que um exemplar deixava a fábrica, a empresa da Baviera perdia dinheiro.
No total foram produzidas 254 unidades, um número bastante reduzido e que fez com que alguns anos depois passasse a estar entre os desejos de grande parte dos coleccionadores de automóveis clássicos. Este interesse levou a que o preço disparasse, e sempre que um exemplar vai a leilão, há quem esteja disposto a uma pequena loucura para o levar para casa.
E no próximo dia 27 de Maio, no leilão da RM Auctions em Villa Erba, não será diferente, e quem quiser levar este 507 com o número de chassis 70044 terá de pagar uma pequena fortuna… A leiloeira estima que a venda seja feita entre os 1.7 e os 2 milhões de euros.
Pintado originalmente no tom "Papyros White", foi depois coberto com um verde água (pelo terceiro dono) que contrasta de forma radical com o interior em pele vermelha. Mas tudo o resto se mantém original, incluindo o motor V8 de 3.2 litros que debita 150 cv e que está acoplado a uma caixa manual de quatro velocidades.
Contudo, e ainda que conte apenas com 73 mil quilómetros no "contador", nunca foi alvo de um restauro completo. Porém, o terceiro dono deste 507 certificou-se que nada faltava a este clássico, modelo que era conduzido regularmente durante os meses de Verão.