Um grupo de cientistas da Universidade de Warwick, na Grã-Bretanha, vai começar a estudar formas de combater a intrusão de "hackers" nos futuros veículos de condução autónoma, usando um simulador especialmente preparador para isso.
É uma das muitas preocupações do desenvolvimento da condução autónoma: a exposição dos sistemas electrónicos a intervenções externas maliciosas que possam pôr os carros a fazer aquilo que os seus ocupantes não querem… Tendo aquela universidade, com elevado grau de especialização na engenharia automóvel, um avançado simulador nas suas instalações, decidiu utilizá-lo para avançar as pesquisas neste campo da segurança.
O simulador usa a chamada "gaiola de Faraday" que isola o carro que lá está dentro, evitando quaisquer interferência electromagnéticas ou a influência de outros sinais wireless. Neste ambiente "puro", os cientistas podem, então, estudar as possibilidades de penetrarem nos sistemas electrónicos que controlam os veículos, buscando eventuais fraquezas.
Este é um campo que vai concentrando cada vez mais atenção por parte dos construtores, devido à dependência crescente dos nossos automóveis de tudo o que seja electrónica. A defesa dos sistemas contra os "hackers" é já das principais preocupações no desenvolvimento de novos modelos e esta contribuição universitária só poderá ajudar a que as coisas avancem mais depressa.
Para os que já estão a pensar que "isto é que são universidades a sério", convém referir que a Universidade de Warwick dispõe deste avançado simulador graças a um investimento estatal superior a 110 milhões de euros, além de contar com uma parceria bem financiada pela Jaguar Land Rover…