Se o nome está registado noutra organização, avança-se com um processo judicial para lhe retirar o direito de usá-lo.
Um tribunal de Bolonha, Itália, vai dirimir a 5 de Março uma disputa judicial entre a Ferrari e a Fundação Purosangue, uma organização sem fins lucrativos que promove a luta contra o doping no desporto.
O objecto da disputa é, precisamente, o nome da fundação, já que Purosangue é a designação com que a marca de Maranello quer baptizar o seu primeiro crossover, previsto para chegar em 2022 ao mercado
A coincidência está nos diferentes significados a que cada uma das entidades dá ao nome. Para a fundação criada em 2011, puro-sangue transmite a ideia de que apenas os desportistas não dopados têm o direito de competir.
Para a Ferrari, puro-sangue é o cavalo mais valioso de uma coudelaria, como a insígnia transalpina faz alarde em autopromover-se no mundo automóvel.
Ora, a marca do cavallino rampante justifica a acção pelo facto de designação ter sido pouco utilizada pela fundação, não lhe dando, por isso, o direito a reivindicar o seu uso exclusivo.
A instituição italiana contrapõe, afirmando que a marca já foi usada numas sapatilhas desportivas criadas em parceria com a Adidas, que também é sua patrocinadora.
A Ferrari chegou a propor uma solução que permitisse a ambas usarem a designação, já que trabalham em sectores de actividade diferentes.
Todavia, o advogado que representa a fundação considerou a quantia proposta como "ridícula", afirmando que o confronto em tribunal será uma luta titânica entre David e Golias.
Ao Financial Times, o fundador da instituição Max Monteforte afirmou que a acção judicial é uma injustiça. "Porque é que deveríamos desistir da nossa identidade? A Ferrari deveria ter confirmado primeiro o nome!".
Já segue o Aquela Máquina no Instagram?