De um lado há uma parceria industrial com o grupo BAIC. Do outro registou-se a entrada do patrão da Geely, Li Shufu, como acionista de referência com 9,69%, o maior acionista singular da companhia. E se dúvidas ainda houvesse, Dieter Zetsche, o presidente sempre frontal nas suas declarações, tratou de as desfazer: a Daimler, proprietária entre outras da Mercedes-Benz, já não é dona do seu destino e qualquer nova aliança industrial terá de ter o beneplácito do parceiro chinês!
O problema é que este "ataque" de Shufu pode estimular a BAIC a tentar tomar uma participação mais activa do que a de simples parceira na Daimler… "Gostaríamos de chegar a um consenso com o nosso parceiro chinês", explicou Zetsche, referindo-se à BAIC, a sociedade chinesa com que explora a fábrica Beijing Benz, em Pequim. "Estamos dispostos a examinar tudo desde que esteja de acordo com os desejos do nosso parceiro". Ou seja, o que Zetsche quis dizer foi que, no futuro, todas as grandes decisões na Daimler serão "esgrimidas" entre os dois parceiros chineses… As voltas que a vida dá!