Numa altura em que o Autopilot da Tesla e outros sistemas de auxílio à condução estão na ordem do dia, surge um vídeo que nos mostra o sistema "anti colisão" de um F16 a "trabalhar", e se do ponto de vista tecnológico é fantástico ver esta "recuperação electrónica", é impossível não fazer uma comparação com os automóveis.
Este sistema, conhecido como Auto-GCAS (Automatic Ground Collision Avoidance System), foi introduzido pela primeira vez nos F-16 em 2014 e tem como principal objectivo executar de forma automática uma manobra de recurso no caso de detectar uma colisão iminente.
O sistema está constantemente a analisar a trajectória previsível do avião e compara-a com uma imagem gerada do chão, sendo que quando detecta que a trajectória do avião intersecta o perfil automaticamente gerado do solo, o sistema executa uma manobra de recuperação do aparelho, tal como aconteceu neste caso.
Nesta situação em particular, o piloto estava numa sessão de treino quando executou uma manobra extrema ficando exposto a forças próximas dos 8.3g que resultaram na perda de consciência momentânea.
E para que perceba a gravidade da situação, o "nariz" do F-16 caiu quase 50 graus, sendo que o avião se começou a dirigir ao solo a velocidades supersónicas. Quando o sistema recuperou o aparelho a altura ao solo era de apenas 896 metros.
Agora imagine que uma pessoa desmaia ou fica incapacitada pelas mais diferentes razões ao volante de um automóvel. Ter um sistema destes pode ajudar a evitar um acidente e, quem sabe, salvar vidas.
Resta saber até que ponto se pode evoluir os sistemas de auxílio à condução nos automóveis, pelo menos a curto/médio prazo, porque ainda são vários os obstáculos que estas tecnologias têm de ultrapassar. A começar no preço e passando pelo próprio meio em torno dos veículos. É que se nos céus todos os aviões comunicam entre si, em terra, isso está muito longe de acontecer com os automóveis.
Durante muitos anos irão continuar a existir veículos que não estarão equipados com esta tecnologia e que não estão "ligados" em rede, e este é só um dos problemas. Mas não temos dúvidas em afirmar que este é o caminho, não sabemos é a que distância está.
E se o sistema anti colisão dos F-16 fosse usado nos automóveis?