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Eléctricos não matarão motores convencionais… tão cedo

18:03 - 03-10-2016
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Eléctricos não matarão motores convencionais… tão cedo
O salão de Paris viu-se "inundado" de modelos automóveis eléctricos, com marcas como a Mercedes e a Volkswagen a apresentarem as suas estratégias para um futuro de "emissões zero", abrindo a porta a gamas completas de modelos com motores a electricidade. Mas aquelas marcas são as primeiras a dizer que isso não significa que estejam a pensar abandonar as motorizações convencionais que ainda cá andarão por muitos e bons anos!

A Volkswagen reconhece que o já célebre "Dieselgate" contribuiu para acelerar a estratégia eléctrica mas que não significa o abandono nem dos motores a gasolina, nem mesmo dos Diesel. "O futuro é eléctrico. No entanto, os propulsores clássicos continuarão a desempenhar um papel crucial, pelo menos, nas próximas duas décadas", referiu Mathias Müller, presidente do Grupo VW.

Volkswagen I.D.


"Independentemente das novas oportunidades e possibilidades que a mobilidade do futuro nos pode abrir, não podemos negligenciar as tecnologias actuais e as competências de que dispomos", acrescentou. Müller recordou que o crescimento da procura por veículos eléctricos tem, de facto, vindo a crescer, embora ainda a um ritmo lento, pelo que as motorizações convencionais irão dominar o mercado ainda durante muitos anos.

Já do lado da Mercedes veio o compromisso de não abandonar as motorizações Diesel, em contraponto com as mais recentes informações de que o seu parceiro industrial, a Renault, poderia vir a dar preferência aos propulsores a gasolina, em desfavor do gasóleo. "A discussão actual em torno dos Diesel e das emissões de óxidos de azoto tornou-se em algo extremamente emocional, politizado e ilógico", disse o presidente da Daimler, Dieter Zetsche. "Quando olhamos para os factos e para o potencial tecnológico, seria totalmente estúpido abrirmos mão do potencial dos motores Diesel!".

Mercedes Generation EQ


E Zetsche dá mesmo o exemplo do "mundo real" em que, apesar de todas as polémicas, os clientes não deixaram de procurar os motores Diesel, tanto na sua marca como numa das principais rivais: "Nem nós nem a BMW vimos uma quebra na procura do Diesel na Europa, neste último ano. E estamos convencidos de que iremos continuar a dispor de uma boa oferta no campo do Diesel, seja do ponto-de-vista dos benefícios do consumidor ou do lado ambiental".
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