Hoje em dia já não há carros maus, mas também ainda não existem automóveis perfeitos. Há sempre novas propostas que nos surpreendem num mundo em que a tecnologia avança com um ritmo alucinante.
Definir um "top ten" dos melhores desportivos ou de qualquer outra coisa tem sempre uma componente de subjectividade, e ainda bem que é assim. Se todos gostássemos do mesmo o mundo seria muito aborrecido. Mesmo assim escolhemos aqueles que consideramos os "Melhores desportivos de 2017"…
2º Lamborghini Huracan Performante. A evolução mais radical do hiper-desportivo de Sant´Agata Bolognese impressiona pela imagem, com o motor 5.2 V10 de 639 cv colocados no chão com a tracção total permanente. É capaz de chegar aos 325 km/h e só necessita de 2,9 segundos para passar de 0 a 100 km/h. Não surge no topo desta tabela porque esteve no Nürburgring/Nordscheife antes do 911 GT2 RS. Completou uma volta em 6m 52,01s, uma marca que foi claramente batida (4,98 s) pelo Porsche.
4º Ferrari GTC4 Lusso. A polivalência não costuma ser atributo de um Ferrari, mas este "falso coupé" oferece quatro lugares com um espaço decente para as pernas dos ocupantes dos bancos traseiros e uma bagageira interessante (450 litros). O motor 6.2 V12 debita 689 cv. A tracção total permanente é uma mais-valia e as performances dignas de registo: chega aos 335 km/h e pode atingir os 100 km/h em 3,4 s.
Grande, nos seus 5,11 metros de comprimento, 2 metros de largura e 1,63 metros de altura, tem uma grande distância entre eixos – 3 metros – e, por isso, para ganhar agilidade, conta com um eixo traseiro auto-direccional.
A tracção 4x4 adopta um diferencial Torsen e o sistema "Anima" permite optar entre vários modos de condução: Strada, para o dia-a-dia em que o Urus é o único Lamborghini a preocupar-se com o conforto; Sport; Corsa para usar em pista; Neve; Terra; e Areia.
Qualquer destas propostas conta com tracção total permanente, mas oferece a possibilidade de passar toda a tracção para o eixo traseiro para permitir longos "drifts". Mas optámos pelo modelo italiano. Fomos conquistados pela elegância, esquecendo a qualidade dos materiais no habitáculo. Desfrutamos de um chassis brilhante e da tracção traseira à antiga, para já não falar no potencial de um motor 2.9 V6 biturbo com 510 cv que permite ao Quadrifoglio passar de 0 a 100 km/h em 3,9 s e atingir os 307 km/h.
Mais importante do que isso é a qualidade do chassis, a sensibilidade da direcção, a firmeza da suspensão e o poder dos travões. Depois, o "modo drift" abre as portas ao divertimento. Tudo isto por um preço a partir dos 73 mil euros.
8º Honda Civic Type R. A quinta geração do ícone da Honda não trouxe grandes alterações na imagem e o bloco 2.0 VTEC turbo de quatro cilindros é uma evolução do que já estava disponível, mas a potência subiu para os 320 cv às 6.500 rpm enquanto o binário de 400 Nm está disponível entre as 2.500 e as 4.500 rpm, garantindo uma margem de utilização muito ampla. As performances continuam em alta. Para além dos 272 km/h de velocidade máxima, bastam 5,7s para atingir os 100 km/h.
Optámos pelo novo Hyundai i30 N, um modelo que coloca a marca sul-coreana num novo patamar. O motor 2.0 turbo pode garantir 275 cv e permite performances ao nível da concorrência: 250 km/h e uma passagem de 0 a 100 km/h em 6,1 segundos. Mas, mais importante do que isso, é o excelente comportamento dinâmico do primeiro modelo da Hyundai com a sigla "N", que passa a identificar as propostas de altas performances.