O Fiat 500e, a versão eléctrica do icónico "500", foi lançado em 2012 nos Estados Unidos para ajudar a manter a média das emissões da marca controladas mas nunca se conseguiu afirmar. De acordo com Sergio Marchionne, que faleceu em 2018 e que na altura era o responsável máximo da marca de Turim, a Fiat perdia cerca de 18 mil euros sempre que vendia um modelo destes.
Escusado será dizer que nunca se tornou popular entre os amantes da fabricante italiana e que a Fiat nunca chegou a dizer o número de unidades que vendeu, mas isso não impediu a Harman International, empresa que pertence à Samsung, decidiu marcar presença na Feira de Electrónica de Las Vegas (CES) deste ano com a sua própria visão para este modelo.
O resultado é um Fiat 500e transformado num roadster de dois lugares com um "look" retro mas que está "carregado" de tecnologia. Conta com um sistema de monitorização formado por várias câmaras, sensores e radares, entre eles um radar LiDAR de longo alcance que permite detectar faixas, obstáculos, peões e sinais de trânsito, bem como seguir o veículo que segue à sua frente.
Mas há mais. O interior está repleto de sensores que são capazes de detectar a actividade do condutor e analisar a posição da cabeça, a abertura dos olhos, o diâmetro das pupilas, o ritmo cardíaco e até a frequência da respiração. Depois de analisar todos estes parâmetros o sistema é capaz de determinar a carga cognitiva e a actividade emocional do condutor. Por outras palavras, este Fiat 500e é quase capaz de lhe ler os pensamentos!
É impossível não achar tudo isto impressionante, mas há uma pergunta que não podemos ignorar: será que tudo isto é mesmo necessário? A Harman garante que sim e que este tipo de tecnologia será fundamental para o sucesso dos automóveis equipados com sistemas de condução autónoma de Nível 3.